Por SELES NAFES
Uma perícia feita pela Polícia Técnica do Amapá descarta que o incêndio na subestação da Isolux tenha sido provocado por um raio, conforme afirmavam interlocutores da empresa logo após o blecaute. A informação é de um alto funcionário da Polícia Civil do Estado que teve acesso ao relatório preliminar da perícia, e que deve ser detalhado numa coletiva de imprensa marcada para a tarde desta quarta-feira (11).
A perícia analisou o para-raio dos transformadores e constatou que ele está intacto. Na noite de 3 de novembro, um transformador foi destruído e outro foi atingido parcialmente durante uma tempestade de raios seguida de uma forte chuva, causando a interrupção do fornecimento em 13 dos 16 municípios do Estado. Apesar do racionamento que já dura 4 dias, nesta quarta-feira o fornecimento começou a ser mais prolongado em alguns bairros.
Hoje, a Polícia Civil do Amapá cumpriu mandado de busca e apreensão dentro da sede da Isolux e da Linhas Macapá Transmissão S.A. A polícia investiga possível omissão das duas empresas que são contratadas pela Eletronorte para fazer o rebaixamento da energia que chega pelo Linhão de Tucuruí, num complexo n BR-210.
Foram apreendidos vários documentos relativos a contratos e pagamentos por manutenção.
As empresas são obrigadas por contrato a ter um sistema reserva. O transformador que deveria cumprir esse papel estava em manutenção desde dezembro de 2019.
No cumprimento do mandado, foram apreendidos documentos que podem ajudar a entender porque o transformador não foi recuperado antes do apagão.
A Polícia Civil marcou uma entrevista coletiva para as 16h. A fonte confirmou que outras revelações serão feitas sobre a investigação que apura as causas do apagão.