Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Com a crise instalada no Amapá uma das alternativas encontradas pelos macapaenses foi a de retornar para as origens: Afuá e Breves. Outras cidades também paraenses como Portel e Chaves também têm sido destino deste refúgio forçado.
Os barcos que saíram de Macapá, da rampa da orla do Santa Inês, no final da tarde desta sexta-feira (6), estavam lotados.
“Porque Macapá está abandonada. Em casa estou sem luz, sem água, sem nada. A gente tem criança com asma em casa, não tem como ficar. Vai minha mãe, meus filhos, meus netos, todos estão. Só não vou porque trabalho na saúde e tenho compromisso”, declarou Alcilene Furtado.
Com destino para Breves, há 12 horas de viagens pelos rios do Amazonas, Francisco, de 34 anos, também expressou sua indignação.
“Vou porque não tem condição de ficar aqui na cidade. Caos total, nos postos um absurdo. Vou ficar lá até a gente saber que tem condições de voltar. Lá, pelo menos tem comunicação e água e luz, é claro”, contou Francisco.
Os barcos saiam lotados. Várias pessoas, que preferiram não se identificar, pediam para falar sobre a situação. Um deles ressaltou que ama Afuá, que estava parece festival do camarão e não é nenhuma vergonha ir pra lá, mas frisou que acha vergonhoso o motivo pelo qual tem que ir junto com parte da sua família.
Um contato em Afuá informou à reportagem que a cidade está cheia, como em períodos de férias.