Após quase 1 ano sem aulas, Unifap decide entrar em férias

Pró-reitoria argumenta que não seria sensato suspender férias de professores marcadas antes do apagão
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Por SELES NAFES

Desde março, com o início da pandemia, a Universidade Federal do Amapá (Unifap) estava sem aulas. No início de novembro, elas voltaram, de forma online, mas não duraram muito tempo por causa do apagão. Agora, a instituição decidiu que entrará em recesso no início do ano que vem, de forma escalonada.

A pró-reitoria de Ensino e Graduação argumenta que decisão, apesar de polêmica, é baseada na opinião de professores e alunos de 15 dos 22 cursos que se manifestaram numa consulta para definir uma suplementação ao calendário chamado de “2020.3”. Esse calendário tinha começado exatamente no dia 3 de novembro, dia do apagão que gerou um racionamento de 22 dias.

As aulas permaneceram suspensas até a CEA se manifestar afirmando que o fornecimento havia sido restabelecido em 100%. A partir daí, começou uma discussão para alterar o calendário a partir de uma consulta que teve o prazo findado na última sexta-feira (26).

A maioria decidiu que as aulas (online) seriam retomadas a partir de hoje (2), com recesso natalino de uma semana a partir do dia 24 de dezembro e retorno no dia 4 de janeiro.

A suplementação ao calendário prevê férias em dois períodos no início de 2021: de 17 de janeiro a 20 de fevereiro; e de 19 de fevereiro a 20 de março, o que permitirá a saída de professores numa espécie de rodízio.

“Levamos em consideração o que os colegiados falaram sobre os professores que já tinham marcado férias, comprado passagens e se organizar para viajar antes do apagão. Se o professor tem direito, não seria sentado suspender as férias. Então decidimos propor um calendário com duas opções”, explica a pró-reitora de Ensino, Elda Araújo.

Pró-reitora Elda Araújo: não vamos arriscar a vida de nenhum aluno. Foto: Inara Lopes/Ascom/Unifap

Aulas presenciais

Nesta quarta-feira (2), o Ministério da Educação publicou portaria determinando o retorno das aulas presenciais a partir de 4 de janeiro em todas as universidades federais.

A pró-reitora da Unifap, no entanto, disse que as universidades têm autonomia para ajustar seus calendários de acordo com a situação sanitária de cada Estado.

“Não vamos arriscar a vida de nenhum aluno”, avisou Elda Araújo.

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