Por OLHO DE BOTO
Lucas Chagas dos Santos, o Chupa Cabra, assim era chamado o suspeito de 17 anos, que morreu em troca de tiros com policiais militares do Batalhão de Força Tática, na noite deste domingo (20), no Bairro Universidade, na zona sul de Macapá.
O infrator, segundo a polícia, respondia por homicídio e estava foragido do Centro Sócio Educativo de Internação Masculino (Cesein).
O confronto ocorreu por volta de 21h30, em uma área de pontes da Rua Doutor Braulino. De acordo com o tenente-coronel Aldinei, comandante da Força Tática, as equipes foram acionadas para atender uma ocorrência de ameaça, praticada por um jovem, o qual estava armado com uma arma de fogo, contra um morador das proximidades.
Ao avistar os militares se aproximando, Chupa Cabra começou a disparar, momento que houve o primeiro revide. O infrator saiu correndo, entrou em uma residência da vizinhança, em seguida, pulou no lago. Quando emergiu, fez novos disparos na direção dos militares, que novamente revidaram, desta vez atingindo o atirador.
O Samu constatou o óbito. A perícia foi acionada e o corpo removido para a sede da Politec. O revólver de calibre 38 com cinco munições deflagradas foi entregue no Ciosp do Pacoval.
Macabro
O comandante da Força Tática lembrou que Lucas Chagas passou a ser chamado de Chupa Cabra depois que ele foi identificado como autor de um crime considerado macabro, ocorrido no dia 26 de agosto de 2019, no bairro do Zerão, vizinho ao Universidade.
Naquele dia, em casa numa área de ponte, um Jocivaldo Cruz Ferreira, de 28 anos, foi morto degolado e teve o sangue aparado em uma cuia.
O menor foi apreendido no mesmo dia e detido por populares. Havia indícios de quele havia bebido o sangue da vítima, o que foi confirmado por ele em depoimento, segundo a Delegacia Especializada de Investigação de Atos Infracionais (DEIAI).
A motivação teria sido que no dia anterior, Jocivaldo teria dado um tapa no rosto de Chupa Cabra. Ele prometeu se vingar e, no dia seguinte, cumpriu a promessa.
“Foi um crime macabro, hediondo, que chocou a comunidade onde ocorreu. Era um indivíduo violento, perigoso, chegou a arrombar o xadrez de uma viatura e se jogou dela para fugir. Era membro de uma facção e apesar da pouca idade, tinha vasta ficha criminal por roubo e homicídio”, completou o tenente-coronel Aldinei.