Por OLHO DE BOTO
Depois de 45 intensos dias de treinamento, chegou ao fim um dos cursos mais desejados por profissionais de segurança pública: a formação do Batalhão de Força Tática – considerado uma das tropas de elite da Polícia Militar do Amapá.
A formatura ocorreu no início da noite desta quinta-feira (3), em frente à sede do batalhão, no Quartel do Comando Geral da PM, em Macapá.

Os 33 “sobreviventes” que comemoraram a vitória. Fotos: Olho de Boto/SN
Segundo o comandante do BFT, coronel Aldinei Almeida, o curso, que iniciou no dia 16 de outubro, teve um nível de dificuldade muito elevado em relação a outros por causa dos contextos da pandemia e da crise enérgica do Amapá.
Dos 53 participantes iniciais, 20 ficaram pelo caminho e 33 conseguiram chegar ao fim do rigoroso e exigente treinamento e agora podem carregar o raio da Força Tática – insígnia do batalhão.

Batalhão de Força Tática, uma das tropas de elite da Polícia Militar do Amapá
Foram 45 dias intensos, com 32 disciplinas, 497 horas-aula teóricas e práticas com técnicas de radiopatrulhamento motorizado, combate em ambiente confinado e velado, combate ao novo cangaço – nova modalidade criminosa ainda não observada no Amapá, dentre outras expertises militares.

Comandante do BFT, coronel Aldinei Almeida: “sociedade ganhou profissionais altamente preparados”
“É difícil chegar ao fim, é um curso que exige muito da capacidade física, técnica e emocional dos policiais. Mas 33 guerreiros foram até o fim e a sociedade ganhou profissionais altamente preparados”, avaliou o coronel Aldinei.
Por essa amplitude técnica, o treinamento da Força Tática atraiu profissionais de outras instituições de dentro e fora do Estado: 4 policiais civis do Amapá (dois homens e duas mulheres), 3 policiais rodoviários federais – um deles o 1º colocado geral do curso – 2 policiais militares de fora do Estado, um do Amazonas e um de Santa Catarina, além de militares do Corpo de Bombeiros amapaense.

Policiais de Santa Catarina e do Amazonas voltam para seus estados com o raio taticano
O soldado Ferreira, do Amazonas, e o tenente Assef Rocha, de Santa Catarina, falaram sobre a dura experiência de encarar o Curso da Força Tática do Amapá.
“Tem que ter muito foco e objetivo, porque não é fácil vir pra longe da sua família. Então, não podíamos fracassar. Hoje, nessa formatura, pudemos, graças a Deus, sentir o gosto da vitória e confirmar que todo o esforço valeu a pena. É gratificante”, agradeceu o soldado Ferreira.

Nova taticana: policial civil Kelly ao lado do delegado Welington Ferraz, da Decipe
Entre os 4 policiais civis que formaram, 2 são da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Pessoa (Decipe).
O comandante-geral da PM do Amapá, coronel Paulo Matias, ressaltou o alto nível do curso, com instruções táticas.

Comandante-geral da PM do Amapá, coronel Paulo Matias: “motivo de muito orgulho”
“Pra nós, é motivo de muito orgulho ter o know-how para formar militares e civis de outras instituições de segurança do Amapá e até de fora do Estado para que a sociedade possa ter a seu serviço profissionais de alta qualidade na segurança pública”, analisou o comandante-geral da PM do Amapá, coronel Paulo Matias.