Por SELES NAFES
A juíza Mayra Brandão, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, aceitou denúncia contra o comerciante Dawson da Rocha Ferreira, de 39 anos, preso após o acidente que matou dois trabalhadores no dia 15 de janeiro.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado, Dawson dirigia um BMW a mais de 100 km na Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, sob efeito de álcool, drogas e sem habilitação. A CNH dele estava vencida desde 2017.
O comerciante foi denunciado duas vezes por homicídio qualificado pelo motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, o chefe de cozinha Mikel Pinheiro, de 49 anos, e Rosineide Aragão, de 42 anos. A denúncia foi oferecida e aceita no mesmo dia, quinta-feira (28).
O MP entende o motorista assumiu o risco de ferir pessoas.
“(…) O denunciado matou as vítimas movido por sentimento egoístico, indigno, ofensivo à moralidade ético-social, na exata medida em que, ao imprimir velocidade excessiva em seu automóvel de luxo, sob efeito etílico e quiçá sob efeito de substância entorpecente, não se importou com a vida de seu semelhante, revelando-se pessoa insensível e em desconformidade com os padrões éticos de convivência em coletividade”, resumiram os promotores Eli Pinheiro e Iaci Pelaes.
Ao aceitar a denúncia, a juíza Mayra Brandão ratificou a prisão preventiva por considerar que a liberdade de Dawson colocaria em risco a ordem pública.