Denúncia narra detalhes de estupro na noite de Natal

Momento em que polícia prende bombeiro: juíza aceitou denúncia contra oficial de 41 anos denunciado pelo estupro da sobrinha
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Por SELES NAFES

O oficial do Corpo de Bombeiros do Amapá, Josué Rodrigues Lima, de 41 anos, virou réu no processo em que é acusado de estuprar a própria sobrinha, de apenas 12 anos, na noite do Natal passado. Na denúncia do Ministério Público do Estado, a promotora Neuza Barbosa narra detalhes chocantes e tristes da noite em que a menina teria sido violentada pelo tio.

Segundo o MP, a família estava reunida na casa do bombeiro, no residencial Aquaville, na cidade de Santana, para comemorar o Natal. Durante a ceia, por volta das 19h30min, a menina pediu ao tio que lhe mandasse uma foto que estava em seu celular. Horas depois, o bombeiro mandou mensagem para a sobrinha perguntando onde ela estava. A menina respondeu que estava no quarto do primo, filho do bombeiro.

O oficial entrou no quarto, mas, ao perceber que havia outro sobrinho dele no local, teria mandado que a sobrinha pedisse para que o primo deixasse o dormitório, o que não ocorreu.

Por volta da 1h30min, a mãe da menina anunciou que iria embora, e acabou deixando a menina sob os cuidados da esposa do bombeiro. Por volta das 3h30min, Josué Lima teria enviado outra mensagem para a sobrinha perguntando onde ela estava. Ela respondeu que continuava no quarto.

Em seguida, a promotora narra que o oficial mandou outro texto com uma foto íntima.

“(…) Mandou uma foto do seu pênis, com a seguinte mensagem ‘AGORA EU VOU F…. A SUA TIA E DEPOIS VOU F…. VOCÊ” (TEXTUAIS), revelando sua intenção e impulso de satisfazer sua sexualidade de maneira descontrolada”, narra a promotora.

Momentos depois, o acusado teria entrado no quarto onde a menina estava.

“(…) Com o propósito de satisfazer sua luxúria, acariciou as nádegas da infante e penetrou o ânus da vítima, praticando o coito anal, cujos vestígios da penetração foram atestados no Laudo de Exame de Corpo de Delito”, relata Neuza Barbosa.

Porta fechada

A denúncia continua a narrativa do que teria ocorrido na residência. O ato sexual só teria sido interrompido quando a esposa, ao perceber que a porta estava trancada, começou a bater.  

“(…) Instante em que flagrou a ação delituosa do denunciado, e mandou que a vítima se retirasse e fosse para outro quarto”.

Logo depois, a menina ainda teria mandado outra mensagem para o oficial informando que estava com sangramento, e depois dormiu.

O MP afirma que a esposa do oficial leu as mensagens trocadas entre ambos, e teria pedido para que a sobrinha mantivesse o segredo para que sua família não fosse destruída com uma possível prisão do marido. A menina teria concordado e voltou para sua casa, por volta de meio-dia.

Momento depois, o bombeiro foi até a casa da menina, supostamente embriagado, pedindo para dormir ali alegando que tinha brigado com a esposa. Sem desconfiar de nada, a mãe da menina permitiu.

Promotora Neuza Barbosa ofereceu a denúncia

Viva-voz

Por volta das 18h, a esposa do oficial ligou para a menina e teria ordenado novamente que ela não comentasse sobre o estupro com ninguém, mas a mãe da menina tinha mandado que ela colocasse o telefone no viva-voz e ouviu toda a conversa. O segredo era revelado.

Uma tia da menina entrou em luta corporal com o oficial para tomar-lhe o celular, e em seguida chamou a PM. O oficial foi preso em flagrante, mas acabou sendo liberado na audiência de custódia.

No entanto, depois que a família da vítima relatou que três carros, alternadamente, ficaram estacionados e ligados em frente à residência, sem que ninguém descesse dos veículos, a justiça decretou a prisão preventiva do bombeiro, que foi cumprida no dia 31 de dezembro.

Ao aceitar a denúncia e transformar o bombeiro em réu no processo, a juíza Priscylla Peixoto, deu 10 dias de prazo para que a defesa do bombeiro responda às acusações por escrito.

O Portal SelesNafes.Com tenta contato com a defesa do bombeiro. 

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