Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
As agências do Banco do Brasil não abrirão suas portas em todo o país, nesta sexta-feira (29). O motivo é o plano do governo federal de fechamento permanente de cerca de 5 mil agências e a execução de um Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Os bancários amapaenses do BB votaram a paralisação e o consequente fechamento de agências na última segunda-feira (25), em assembleia realizada pela categoria por uma plataforma online.
Os dirigentes do sindicato dos bancários no Amapá explicam que o plano é danoso para trabalhadores, especialmente os caixas, que poderão perder suas funções, e também à população, que terá menos qualidade no atendimento com menos bancários e agências.
“O Banco do Brasil resolveu fazer uma coisa muito errada. Ele está querendo tirar a função dos caixas, a gente sabe que os caixas têm um ganho a mais com essa função, então ele está querendo acabar com essa função de caixa. E o Banco da Brasil está querendo fechar agências, inclusive na nossa jurisdição aqui do Amapá já estão previstos o fechamento de quatro agências, então isso vai influenciar diretamente no atendimento”, declarou Edson Gomes, diretor do sindicato.
Precarizar para privatizar
Para a presidente em exercício do sindicato, Bruna Ataíde, o plano atende a uma lógica de precarizar o serviço para, aos poucos, ir desgastando o banco, seus funcionários, sua imagem pública e, por fim, ir privatizando a empresa.
“Desde o início, sempre foi um dos principais planos do Paulo Guedes [Ministro da Economia] e do presidente Bolsonaro”, declarou Bruna.
Adesão
O sindicato informou que mais de 96% da categoria votou a favor da greve, que os trabalhadores caixas estão mobilizados no conjunto das agências e que as outras funções, como as gerências, estão solidários aos colegas.
Onde ocorrer a paralisação dos caixas, as agências não irão ter atendimento ao público. O sindicato irá atuar nas maiores agências, do centro de Macapá, para auxiliar os trabalhadores na paralisação.