Por SELES NAFES
A eleição da Câmara de Vereadores de Santana virou uma verdadeira guerra com direito a ações judiciais e até boletins de ocorrência na polícia. Um deles é de um furto que está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia, desde o fim de novembro.
A invasão, sem arrombamento, foi registrada na delegacia no dia 25 de novembro pela gestão da ex-presidente Helena Lima (PRP), que deixou o cargo no dia 31 de dezembro, após ser reeleita vereadora.
Além de documentos, sumiu também o único computador que concentrava dados importantes da gestão, e que estava funcionando na Secretaria Executiva da CMS.
“Ninguém viu nada, e não há câmeras de segurança. Um absurdo um prédio público dessa importância não ter sistema de segurança”, ponderou a delegada Luiza Maia, que investiga o caso.
A delegada solicitou perícia no prédio, mas os exames papiloscópicos encontraram muitas digitais diferentes no local do crime. Nada suficiente para direcionar a suspeita sobre alguém.
“Na época solicitamos uma série de informações da presidente, como a lista de funcionários e vereadores que tinham acesso, mas ainda não recebemos nada”, revelou Luiza Maia, que se prepara para tomar depoimentos de alguns parlamentares e servidores.
Troca de lado
No dia 1º de janeiro, a eleição da Câmara terminou em bate-boca depois que a vereadora Elma Garcia (DEM) saiu da única chapa que estava inscrita, encabeçada por Helena Lima, e criou uma chapa própria encabeçada por ela e inscrita no momento da sessão. Elma foi eleita, mas o pleito foi suspenso por uma liminar a pedido de Helena Lima.
Ontem (4), Helena Lima registrou novo boletim de ocorrência na delegacia informando que todas as fechaduras do prédio foram trocadas e um novo vigia foi colocado pela presidente provisória da CMS, a vereadora Carmem Queiroz (PP).
Como vereadora mais idosa, ela continuará no comando da Casa enquanto a justiça não julga em definitivo se manterá ou não o resultado da eleição do dia 1º.