O que ficou de bom de 2020? Leia até o fim

Apesar de feridos, estamos mais sábios, maduros e mais fortes em nossa fé
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Por SELES NAFES

É senso comum. 2020 foi um ano repleto de coisas ruins: pandemia, recessão, apagão, perdas dolorosas na família, violência, depressão e a desgastante polarização esquerda/direita que faz o Brasil patinar.

Com certeza não chegamos inteiros em dezembro, fomos deixando pedaços das nossas emoções pelo caminho ao longo do ano que passou. Mas estamos mais fortes. Sim, estamos mais fortes e isso é natural.

Quando o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844/1900) cunhou a frase “aquilo que não me mata, me deixa mais forte”, ele lançou uma base de entendimento sobre a superação humana que influenciaria conceitos até os dias de hoje.

De fato, “o que não mata, engorda”, como diz a versão mais popular deste mantra. No entanto, o que não mata também deixa feridas, as vezes difíceis de cicatrizar.

Nunca mais seremos as mesmas pessoas que éramos um ano atrás, quando as notícias de um novo vírus eram apenas manchetes distantes que vinham do outro lado do mundo. Não somos mais os mesmos.

Se por um lado perdemos pedaços de nós mesmos ao longo do ano, também passamos a estar mais preparados, maduros, mais sábios. Exercitamos como nunca a nossa empatia. Muitos aprenderam a vestir a pele dos outros.  

Nietzsche: mantra ainda atual

Aprendemos que é preciso cuidar mais do corpo e da mente. Negligenciar a nós mesmos nos deixou mais frágeis ao vírus, à depressão, ao alcoolismo e às perdas que a pandemia causou.

Além do corpo e da mente, aprendemos que é preciso também cuidar mais da espiritualidade, independentemente da fé.

Exercitamos a nossa empatia

 

Aprendemos que é preciso cuidar mais do corpo e da mente

Olhemos para dentro de nós. Nesse momento em que todos fazem balanços do ano velho, que possamos agradecer porque estamos mais fortes e sábios, apesar de ainda feridos. Esse é o processo natural do fortalecimento da nossa essência.

Vamos usar as lições de 2020. Que em 2021 possamos olhar mais o lado, sem esquecer as lições do passado e com o foco no futuro.

Seles Nafes
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