Por RODRIGO ÍNDIO
Palco de tantas reuniões, encontros e dias de lazer, o balneário do Curiaú, está em ruínas. A situação nunca havia ficado tão caótica como atualmente.
É o que relata quem trabalha no entorno do deck da área quilombola, que fica às margens da Rodovia AP-070, que liga a capital às cidades do leste amapaense.
O trabalhador de um bar, que preferiu não se identificar, contou que o local não passa por reformas há mais de 6 anos. Mesmo com o funcionamento de balneários proibido pelos decretos municipal e estadual, ele diz que há quem se arrisque no nostálgico local.
“De dia é mais difícil, mas de noite o povo vem. Basta ver esse montueiro de lixo. Aí nunca tinha ficado assim, faz uns quantos verões que não mexem aí, depois dessa pandemia que eles não vêm mesmo. Estamos desistindo até de trabalhar”, disse o senhor, de família pioneira, que tomava um copo de café, ao olhar para o vazio do lugar.
As malocas estão desabando e o que resta delas está coberto por cupins e ninhos de vespas. O piso está com tábuas podres e a estrutura de madeira do deck já não existe mais.
Além da falta de assistência do poder público, há, também, falta conscientização da população. Há lixo por toda região do lago dividindo espaço com diversas espécies de animais e plantas aquáticas.
Nesta quarta-feira (13) o local estava vazio, já que o Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) fazia uma barreira na região.
O que diz o Estado
A reportagem entrou em contato com o Estado. A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf), informou que não é dela, nem da Secretaria de Turismo (Setur) ou Cultura (Secult) a responsabilidade sob o deck do Curiaú. No entanto, não informou de qual órgão do Governo do Estado é a responsabilidade.
O portal também entrou em contato com a Prefeitura de Macapá para saber se o ente tem alguma responsabilidade ou pretende fazer manutenção no local, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.