Por SELES NAFES
O acidente que danificou uma ponte de madeira na BR-156 e isolou por quase 3 dias a região Norte do Amapá gerou enorme angústia para viajantes e, em especial, para uma equipe que levava a vacina CoronaVac para Calçoene, cidade a 370 km de Macapá. Foi preciso contar com a solidariedade e o bom-senso.
A carga preciosa estava sendo transportada por uma picape conduzida por um médico da prefeitura. Dentro do veículo estavam as 115 doses da vacina contra a covid-19 doadas pelo Instituto Butantã e distribuídas pelo governo do Estado para imunizar profissionais na linha de frente contra a pandemia.
Ao chegar no Distrito do Carnot, que já pertence a Calçoene, a picape parou no enorme engarrafamento formado por caminhões e carros pequenos impedidos de passar pela ponte, que colapsou durante a passagem de um caminhão tanque com diesel para a termelétrica de Oiapoque.
A empresa responsável pelo caminhão informou, na manhã desta sexta-feira (22), que o desvio foi liberado pelo Dnit para caminhões e veículos leves, e que o cavalo (a parte da frente da carreta) foi retirado da ponte.
“Nossos caminhões são homologados para transitar por aquelas pontes. Não houve sobrepeso. A informação que temos é que 4 dias antes um guindaste grande foi visto passando por esta ponte”, comentou o representante da empresa, Glauco Cei.
Graças ao bom-senso das equipes que estavam construindo o desvio e ajudando viajantes a fazer o transbordo de cargas para o outro lado, a picape com as vacinas recebeu prioridade e conseguiu passar também com a ajuda de um cabo de aço.
Num vídeo enviado por um motorista de uma empresa de transporte de passageiros, é possível ver pessoas ajudando a carregar na cabeça uma carga de peixes que estava em outra picape.
A previsão do Dnit é de que a ponte seja consertada em 15 dias.