Por SELES NAFES
A juíza Simone Moraes dos Santos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá, mandou soltar o assassino confesso de um mototaxista que estava desaparecido desde o Natal do ano passado. A magistrada entendeu que existe excesso de prazo na prisão do criminoso, que já é processado por outros dois assassinatos e investigado em outro inquérito também por homicídio.
Adriano Tavares Pureza, o Calanguinho, de 34 anos, foi preso pelo Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) no dia 12 de janeiro. Ele confessou o homicídio e indicou aos policiais a localização do corpo de Silvan dos Santos Farias, de 40 anos.
O cadáver do mototaxista estava dentro um poço amazonas em estado de decomposição, numa propriedade na Rodovia AP-440, estrada conhecida como Ramal do 9, na zona oeste de Macapá. A polícia afirma que se tratou de um latrocínio. A motocicleta da vítima foi deixada após o crime na Praça Nossa Senhora da Conceição.
Após confessar o crime, Calanguinho teve a prisão preventiva decretada a pedido da polícia, e foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
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Bombeiros retiram o corpo de dentro do poço
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Delegado Alan Moutinho e com parente da vítima
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Silvan dos Santos Farias estava desaparecido desde 25 de dezembro de 2020
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Calanguinho mostrou confessou o crime e mostrou local onde estava o corpo
No entanto, a juíza que decretou a prisão entendeu agora que o MP está demorando demais para oferecer a denúncia, que ainda depende de um laudo pericial.
“Dessa forma, a considerar o princípio da presunção de inocência e da razoabilidade, vejo que não persistem os requisitos para a manutenção da prisão do acusado, eis que até a presente data o titular da ação penal ainda não reuniu os elementos de prova mínimos para a configuração da justa causa e oferecimento da denúncia, restando prejudicada a prisão”, comentou a juíza.