Após críticas, Kaká exonera ex-diretor do Dnit preso por corrupção

Contratos da BR-210 tinham pagamento de propina, segundo a PF: Vilarinho, ex-chefe do Dnit, tinha sido nomeado na Alap com salário de R$ 12,3 mil
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Por SELES NAFES

O ex-diretor regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Fábio Vilarinho, foi exonerado do cargo para o qual tinha sido nomeado na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) com salário de R$ 12,3 mil.

A exoneração, assinada pelo presidente Kaká Barbosa (PL), está no Diário Oficial da Assembleia do último dia 11, mas tem data retroativa a 1º de fevereiro. Vilarinho pertence ao grupo político que tem como lideranças o presidente da Assembleia e o deputado federal Vinícius Gurgel (PL), parlamentar que comandou as nomeações no Dnit durante os governos Dilma (PT) e Temer (MDB).

Vilarinho tinha sido nomeado como “consultor político” no dia 9 de fevereiro com data retroativa a 4 de janeiro. A exoneração ocorre após cobertura da imprensa e uma avalanche de críticas nas redes sociais.

Vilarinho já tinha deixado o cargo no Dnit quando foi preso em junho de 2019 junto com o diretor da época, Odinaldo de Jesus, na Operação Pedágio, da Polícia Federal. Os dois são acusados de cobrar propina de empreiteiras que tinham contratos de manutenção da BR-210.

Exoneração do ex-diretor foi publicada com data retroativa a 1 de fevereiro

Ex-chefe do Dnit foi nomeado na Assembleia. Foto: André Silva/SN

Junho de 2019: Odinlaldo de Jesus não foi algemado pela PF, conforme esclareceu a defesa dele

A defesa procurou o Portal SN esta semana para esclarecer que Odinaldo não chegou a ser algemado, como foi informado por este veículo equivocadamente.

No entanto, ele e Vilarinho foram soltos sete meses depois mediante pagamento de fiança e monitoramento eletrônico, condição que o advogado André Lobato, que representa Odinaldo, disse não mais existir.

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