Por SELES NAFES
O Ministério Público do Amapá está pedindo à justiça a extinção da ação penal movida contra o empresário Elton Félix Gobi Lira, acusado de ter aplicado um golpe no Instituto de Previdência de Santana (Sanprev). Elton, que respondia a outras ações semelhantes no Pará, morreu há cerca de dois meses.
O empresário, que se apresentava como dono de uma empresa de consultoria em investimentos no mercado de ações, estava sendo processado por causar um prejuízo de quase R$ 1 milhão ao fundo de aposentadoria dos servidores de Santana.
O MP afirma que o dinheiro repassado pelo instituto às empresas dele nunca foi investido na bolsa de valores. Além disso, as empresas estavam irregulares.
No Pará, pessoas físicas e pelo menos duas prefeituras do interior também moviam ações cíveis contra ele para tentar recuperar o dinheiro captado pelas empresas de Elton, e que nunca foi investido no chamado mercado futuro.
O promotor de justiça Horário Coutinho,a responsável pela ação penal em Santana, pediu formalmente, no último dia 1º, a “extinção da punibilidade” após a apresentação da certidão de óbito no processo.
Em março de 2020, com 48 quilos a menos e com vários problemas de saúde, além de dificuldades de locomoção dentro da cadeia, o empresário foi transferido para prisão domiciliar a pedido da defesa.
No dia 6 de novembro, ele morreu no Hospital Santa Maria, no município de Ananindeua, no Pará, onde cumpria prisão preventiva desde 2017. Na certidão de óbito, consta “choque cardiogênico, insuficiência respiratória, e pneumonia”, além de problemas decorrentes da obesidade.
Ainda consta na certidão que o empresário não deixou bens e nem testamento. O corpo foi sepultado em Palmas (TO), cidade natal dos pais dele.
O Portal SelesNafes.Com apura agora qual será o destino das ações e a alternativa na justiça para as vítimas dos golpes.