Por OLHO DE BOTO
A Polícia Civil do Amapá descobriu um grande esquema de venda ilegal de peças automotivas e desmanche de veículos na cidade de Porto Grande, a 102 km de Macapá. O dono de uma rede de autopeças e oficinas mecânicas acabou preso. Ele não teve o nome divulgado pela polícia.
A ação ocorreu na última segunda-feira (15). Agentes da Delegacia de Porto Grande, liderados pelo delegado Bruno Braz interditaram os estabelecimentos comerciais onde estão centenas de carcaças, portas, capôs, para-choques, motores e peças diversas em vários imóveis pertencentes ao empresário acusado, que já tem passagem pelo mesmo tipo de crime.
O delegado Bruno Braz explicou como funcionava o esquema e falou da “Operação Transformers”:
O empresário foi preso em flagrante por receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e falsa identidade. A Justiça atendeu ao pedido da polícia e converteu a prisão em flagrante em preventiva e o empresário foi encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
De acordo com o delegado, os estabelecimentos mecânicos eram apenas de fachada.
“Há algumas semanas, recebemos informações de que o dono de uma oficina mecânica estaria comprando veículos com restrições judiciais por um valor bem abaixo do que deveriam ser comercializados. Esses veículos eram desmanchados para que fossem montados outros veículos. Passamos a investigá-lo, ficamos monitorando-o por alguns dias e tivemos sucesso na prisão dele”, destacou o Delegado.
Segundo a polícia, em depoimento, o empresário se apresentou como sendo outra pessoa, pois já tinha mandado de prisão. Com diversas passagens por crimes como tentativa de homicídio, receptação, furto qualificado e roubo, ele teria confessado que já integrou uma quadrilha especializada em desmanche de veículos em Macapá, mas resolveu atuar sozinho após desentendimentos com os outros membros.
Braz informou ainda que as investigações prosseguem e agora se concentram em identificar a participação de outras pessoas e outras oficinas.