“Estamos reféns”, diz morador sobre a violência e acidentes em rodovia

Comunidade do KM-9 disse que fará novos protestos se o poder público não resolver uma série de problemas
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Por OLHO DE BOTO

Moradores da Comunidade do KM-9, que fica ao longo da Rodovia AP-440, na zona oeste de Macapá, fizeram uma manifestação contra uma série de problemas que vão da falta de iluminação aos acidentes de trânsito. Os casos de roubos também estão cada vez mais comuns no local.

O protesto ocorreu na última quinta-feira (6), e causou um grande engarrafamento. O Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) só conseguiu liberar o trânsito depois que uma das exigências dos manifestantes foi atendida, a chegada da imprensa.

O protesto ocorreu entre as linhas E e F.  O protesto contra o abandono da região teve como objetivo chamar a atenção do poder público para problemas como a falta de segurança, ramais em péssimas condições de trafegabilidade, escuridão e falta de abrigo nas paradas de ônibus.

As famílias também reclamam da violência no trânsito. Os manifestantes aproveitaram a oportunidade para pedir justiça pela morte de um casal atropelado na rodovia, no início do ano.

“É a rodovia que mais mata. Chega de ficar calado. Queremos respeito e segurança”, disse um morador.

Insegurança, escuridão e falta de manutenção em ramais. Fotos: Olho de Boto

Engarrafamento nos dois sentidos da rodovia

Os assaltos, alguns em plena luz do dia, também são preocupantes.

“Todo dia somos assaltados. Antes era na parada. Agora é dentro de casa. Entraram numa casa aqui e levaram carro e tudo. Estamos reféns de bandidos. Meteram a arma na boca de uma criança. Não respeitam ninguém”, acrescentou outra moradora. 

O motorista que teria provocado o acidente fugiu e ainda não foi localizado. A manifestação durou cerca de duas horas, e os moradores prometeram novos atos nos próximos dias. 

Seles Nafes
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