Dono de sucata que recebia fios furtados paga fiança de R$ 15 mil

Juiz considerou o crime gravíssimo em função da crise econômica gerada pela pandemia
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Por SELES NAFES

O empresário preso pela Polícia Civil do Amapá esta semana, numa operação contra o furto de fios de cobre da rede elétrica, pagou fiança de R$ 15 mil e vai usar tornozeleira eletrônica durante o processo. A decisão foi do juiz Diego Sobral, do Núcleo de Garantias do Tribunal de Justiça do Amapá.

José Jeová da Silva foi indiciado pelo crime de receptação qualificada. O magistrado achou grave esse tipo de crime patrimonial nesta época de crise econômica causada pela pandemia, e lembrou do prejuízo causado a consumidores de energia e usuários de internet, já que junto com os fios furtados os ladrões arrancam os cabos de fibra ótica, material que não tem qualquer valor de mercado por ficar inutilizado após o furto.

“Note-se que, o fato é gravíssimo, uma vez que além da apreensão de mais de trezentos quilos de cobre de origem ilícita, há relato nos autos de que os bens eram comprados de forma indiscriminada e sem qualquer controle”, comentou.

No entanto, juiz deixou claro que não decretou a prisão preventiva porque não houve solicitação de conversão da prisão.  

“(…) Diante da ausência de representação da autoridade policial e do Ministério Público pela prisão preventiva, concedo a liberdade provisória do custodiado”, disse na decisão.

Parte das 167 sacas de fios de cobre apreendidos num só local. Foto: Olho de Boto

A prisão em flagrante ocorreu na quinta-feira (18) em uma sucataria no Bairro do Buritizal, na zona sul de Macapá. No mesmo dia, a polícia chegou até outra empresa do ramo na capital onde foram encontrados mais 400 quilos de cobre retirados de fios de energia.

Neste caso, o Portal SelesNafes.Com não conseguiu apurar qual foi o desfecho da ocorrência na justiça. 

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