Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Nesta terça-feira (2), a administração da Universidade Federal do Amapá (Unifap) divulgou que voltou atrás na decisão de transferir os cursos de Enfermagem e Direito do Campus Binacional em Oiapoque para o Campus Santana. Pela manhã, em Macapá e Oiapoque, estudantes protestaram ‘sepultando’ a atual gestão por falta de diálogo.
O ato irreverente cobrou uma posição oficial da reitoria da Unifap, que não abriu canal de diálogo com representações estudantis do polo de Oiapoque e nem mesmo com o Diretório Central dos Estudantes (DCE). Ainda no final da manhã, começou a circular um ofício datado do dia 26 de fevereiro, onde o professor Júlio Sá, reitor da Unifap, informa ao Ministério da Educação sua desistência em transferir os cursos.
No ofício, o reitor cita um acordo com a bancada federal ocorrido no último dia 24 para viabilizar a continuidade dos cursos em Oiapoque.
“(…) Possibilitando recursos e encaminhamentos para dar condições de melhorias da estrutura do respectivo município de Oiapoque e Estado nos campos de estágio dos dois cursos, como hospital e estrutura do judiciário. Assim, vimos solicitar a desconsideração da respectiva solicitação de transferência dos dois cursos, Direito e Enfermagem daquele campus”, dizem trechos do documento.
O ofício também informa que o governador do Estado do Amapá também se sensibilizou com a questão e prometeu se esforçar para ajudar a resolver os problemas de estrutura que a Unifap enfrenta.
Estudantes
Janaína Correa, do DCE, foi uma das que participou do ato simbólico no Campus Marco Zero pela permanência dos cursos.
“A gente descobriu por acaso, o documento vazou, esse ofício assinado por ele [reitor], pedindo o remanejamento de direito e enfermagem de Oiapoque para o Campus Santana. A gente fez esse ato simbólico aqui com o caixão representando o enterro da reitoria que, no início da gestão se chamava ‘gestão para todos’, mas na verdade nunca foi para ninguém”, declarou Janaína.
Após a divulgação do ofício do reitor voltando atrás na transferência, estudantes utilizaram as redes sociais para comemorar o que chamaram de vitória.