Por SELES NAFES
O prefeito de Macapá, Antônio Furlan (Cidadania), desistiu do processo que movia contra o empresário Josiel Alcolumbre (DEM), seu adversário no 2º turno da eleição do ano passado. Furlan foi acusado por Josiel, reiteradas vezes durante a campanha eleitoral, de ser investigado por supostas ‘rachadinhas’ no gabinete dele na Assembleia Legislativa, quando era deputado.
Existe uma ação contra o então deputado Furlan movida pelo Ministério Público do Estado, mas que corre em segredo de justiça, portanto, não é possível visualizar a inicial do processo. Contudo, o empresário afirmou em debates eleitorais que se trata de uma investigação por rachadinhas, e que conseguiu acessar partes do processo.
“(…) Chegando ele a afirmar que é jornalista e o sigilo de sua fonte encontra-se legalmente assegurado. Contudo, não se tratava de uma matéria jornalística, mas de um debate eleitoral com alto alcance de expectadores, do qual o Interpelado (Josiel) valeu-se para imputar fato criminoso ao interpelante (Furlan)”, escreveu a advogada do prefeito, Amanda Figueiredo, na interpelação criminal contra o empresário, ajuizada em dezembro do ano passado.
Na última quarta-feira (17), Josiel Alcolumbre foi intimado pela justiça a apresentar defesa, e gravou um vídeo afirmando que iria mostrar em juízo as partes do processo que conseguiu ter acesso para comprovar o que havia dito na campanha.
Ontem (18), às 11h53min, a advogada do prefeito ingressou com pedido de desistência do processo, o que foi deferido pelo juiz Augusto Leite, do Juizado Especial Criminal, por volta das 19h.
O Portal SelesNafes.Com procurou a assessoria do prefeito Furlan, ainda na quarta-feira (17), para que ele comentasse o assunto, mas ainda não houve resposta. Durante a campanha, ele negou as acusações e disse que processaria Josiel.
Hoje (19) pela manhã, o empresário disse que ainda não foi notificado sobre a desistência do prefeito, mas lembrou que pediu a Furlan, ainda durante a campanha, que o processasse para ter a oportunidade de exibir, antes do dia da eleição, os documentos que tinha acessado no processo.
“O período adequado para que toda a população também soubesse, seria antes das eleições. Tenho certeza que, ao saber a verdade, as pessoas teriam mais convicção ao decidir quem deveria ter sua confiança, o fato é que tardiamente fui notificado apenas no dia 17 de março de 2021, ainda assim, agora terei a chance de, ao me defender, apresentar todos os documentos que comprovam que falei a verdade”, comentou.