O Ministério da Saúde confirmou que o Amapá deverá ser um dos estados a receber doses da vacina da Pfizer, que chegarão esta semana ao Brasil.
A confirmação foi feita durante videoconferência da Comissão Temporária Covid-19, do Senado Federal, nesta segunda-feira (26), quando o senador Randolfe Rodrigues (REDE) indagou o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Arnaldo Correia de Medeiros, sobre a vacinação.
Medeiros também garantiu ao parlamentar que os estados com déficit de cobertura da segunda dose de vacinas contra a covid-19, que é o caso do Amapá, deverão receber suplementação em seus quantitativos.
A reunião virtual debateu o cumprimento de prazos previstos pelo governo sobre o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 e medidas de combate à pandemia.
Randolfe pediu esclarecimentos do Ministério da Saúde sobre a capacidade de armazenamento e conservação do imunizante da Pfizer, que necessita de condições especiais para preservação. Assista às indagações de Randolfe na reunião:
“A informação que recebi da SVS do Amapá é que o estado tem as condições de refrigeração para receber doses da vacina da Pfizer. Temos que estabelecer um processo equânime para que os estados que estão atrasados na imunização possam ter as doses necessárias para completar a imunização e receber o imunizante da Pfizer”, cobrou o senador.
Segundo Medeiros, as vacinas da Pfizer chegarão em caixas térmicas oferecidas pela empresa farmacêutica com a temperatura de -90⁰C.
“A partir daí, poderão ser transferidas para temperatura de -20⁰C, que é a temperatura de nossos freezers comuns. Nessa temperatura o imunizante é estável por aproximadamente 14 dias e, uma vez recomposta a vacina, ela é estável por cerca de 5 dias a temperatura de 4ºC, temperatura das câmaras refrigeradas da rede de frios do Ministério da Saúde”, explicou o secretário.
Uma reunião nessa terça-feira (27), com conselhos de saúde, deverá decidir sobre a distribuição do imunizante a estados e municípios. A previsão é que chegue na próxima quinta-feira (29), 1 milhão de doses da vacina Pfizer/BioNTech ao Brasil.
O senador também cobrou MS sobre o envio de nova remessa ao Amapá de vacinas que garantam a segunda dose de imunização no estado.
O parlamentar relatou que houve descompasso entre as vacinas enviadas e a demanda existente. O déficit, segundo o parlamentar, é de cerca de 5 mil idosos que ainda não receberam a segunda dose da vacinação no Amapá.
“Neste último sábado, as cenas na capital do estado foram desesperadoras. Macapá recebeu somente 3.782 unidades referentes à segunda dose, com uma demanda de idosos entre 65 e 69 anos, segundo dados da Semsa, de 8.913 pessoas. Corremos o risco de todo o trabalho da primeira dose ser nulo se o prazo de 15 a 30 dias para imunização destes não se concretizar. É urgente um encaminhamento sobre essa circunstância”, cobrou.