O Censo do Turismo encerrou o levantamento de dados sobre o segmento hoteleiro de Macapá em 2020 e os números são lamentáveis. A movimentação nos hotéis, pousadas e similares caiu quase pela metade, 46%, e causou um prejuízo de R$ 64,8 milhões, em relação ao ano anterior, ao segmento na capital do Amapá.
O Censo do Turismo, que iniciou em fevereiro, é organizado pelo Instituto Municipal do Turismo (Macapatur) e Observatório do Turismo do Amapá (ObTur/AP).
O segmento hoteleiro recebeu em 2019 o total de 64.987 hóspedes, que geraram receita de R$ 84,2 milhões. Já em 2020, o total foi de 15.348 hóspedes e receita de R$19 milhões. Foi a pior baixa do setor hoteleiro dos últimos 3 anos.
Com a queda na hospedagem, o censo aponta ainda a redução de empregos. Em 2019, o setor empregava 1.414 pessoas diretamente. Já em 2020, esse número de trabalhadores caiu para 392.
O censo aponta que, em 2020, o parque hoteleiro de Macapá perdeu 25% de seus empreendimentos e reduziu em 20% o número de quartos de hospedagem.
Ainda segundo a pesquisa, o índice de maior ocupação acontece de segunda a sexta-feira, período em que turistas chegam à cidade para fazer negócios. A atividade é responsável direta pela recepção de investidores.
O levantamento aponta que a queda se dá especificamente pelo cenário pandêmico. Mas, além disso, outros fatores estão relacionados com o fechamento de empresas do setor, como o aumento das tarifas de energia e a dificuldade de acesso a linhas de créditos.
Apesar da crise, a pesquisa apresenta que 54% dos hoteleiros seguem satisfeitos com o negócio, mesmo com a baixa no índice de ocupação e arrecadação.
A pesquisa ainda aponta quais políticas públicas devem ser tomadas para fomentar a atividade hoteleira, como redução de impostos, articulação com bancos de fomento e demais auxílios ao setor.