Representantes da Pfizer confirmaram nesta quarta-feira (28), durante reunião com o senador Randolfe Rodrigues (Rede), que as primeiras doses da vacina contra a covid-19 para o Amapá serão antecipadas. A remessa será embarcada às 18h45min no Aeroporto de Guarulhos (SP), com a distribuição iniciando no dia seguinte em vários estados. A expectativa é de que o imunizante chegue em Macapá no sábado (1º).
Até hoje, a vacinação é feita apenas com a CoronaVac e a AstraZeneca. O senador disse que a notícia gera uma dupla satisfação, já que ele foi o relator do projeto de lei que desburocratizou a entrada de novas vacinas contra o coronavírus no Brasil.
“Em janeiro fizemos contato com a empresa para sabermos como contribuir na adequação da legislação; em março, foi sancionada a Lei 14.125/21, que enfim permitiu que as vacinas da Pfizer também sejam oferecidas aos brasileiros”, explicou.
A primeira remessa será de 1.000.350 doses. Não foi possível confirmar o quantitativo que será enviado ao Amapá porque quem define isso é o Ministério da Saúde, que ainda definirá as cotas. De acordo com o planejamento da farmacêutica, os envios serão semanais e espera-se que até o final de setembro 100 milhões de doses tenham sido entregues ao Brasil.
“Vacinas são fundamentais para o controle da pandemia e interrupção do ciclo de contaminações; esse reforço da Pfizer será fundamental para enfrentarmos a crise sanitária, uma pena não termos acesso a essas vacinas antes”, lamentou Randolfe.
Como as vacinas precisam de um esquema especial de armazenamento, nem toda localidade está apta a recebê-las, por isso elas serão enviadas primeiro às capitais acondicionadas em -20ºC, o que permite a validade por até 14 dias. Após distribuição para aplicação, quando ficam acondicionadas em temperaturas entre 2ºC e 8ºC, este tempo é reduzido para no máximo cinco dias.
Convite
O senador Randolfe Rodrigues aproveitou para convidar a Pfizer a aderir ao projeto Amapá Solidário, que tem distribuído produtos de higiene, gêneros alimentícios e outros às famílias afetadas pela pandemia.
“No meu estado, cerca de 30% da economia é dependente do setor de serviços, duramente atingido pelas medidas sanitárias de enfrentamento à pandemia. Graças a parceiras firmadas com empresas, congregações religiosas e movimentos comunitários, temos conseguido ajudar essas pessoas”, comemorou, para então convidar a Pfizer a fazer parte da iniciativa.
Os representantes da empresa, há 70 anos no Brasil, disseram que estudarão a proposta.