A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (26) a operação Catraia, que combate a migração ilegal no município de Oiapoque, região de fronteira com a Guiana Francesa.
Toda a ação da PF contou com cerca de dez policiais federais, que estavam nas ruas do município desde as primeiras horas da manhã e deram cumprimento a dois mandados de busca e apreensão em residências de pessoas investigadas.
Contra eles há as acusações de envio e entrada no Brasil, por meio fluvial, de pessoas para trabalho em garimpos clandestinos, sobretudo na Guiana Francesa, caracterizando o crime de promoção de migração ilegal.
A investigação iniciou no dia 12 de maio deste ano, após o Exército Brasileiro, em procedimento de patrulha no Rio Oiapoque, durante a Operação Rochelle, abordar uma embarcação suspeita.
À época o piloto empreendeu fuga e abandonou o barco em um igarapé afluente do rio. No interior da embarcação foram localizados vários objetos, inclusive itens pessoais, que indicavam se tratar de um meio de transporte para garimpo, além de combustível, o que caracteriza o crime de contrabando.
Com a avanço das investigações, a PF identificou o piloto que empreendeu fuga na ocasião e a suposta proprietária do barco, que havia pago quase R$ 100 mil por ele.
Em 2021, a Polícia Federal já deflagrou outras três operações denominadas “Quinino” (fase I, II e III), nos meses de fevereiro e março, em Oiapoque, tendo como principais alvos, “coiotes”, como são conhecidas as pessoas que atuam na promoção de migração ilegal.
Os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, por desobediência, promoção de migração ilegal e contrabando de combustíveis. Se condenados, podem cumprir penas de dez anos e seis meses de reclusão.