Após bate-boca e ofensas a Randolfe, bolsonarista diz ter se arrependido

Antônio do Socorro Fonseca Pinheiro, o Toti, já respondeu por furto e agora responde boletim de ocorrência por injúria
Compartilhamentos

Por RODRIGO ÍNDIO

O vídeo do bate-boca e ofensas de um militante bolsonarista ao vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), ganhou um desdobramento inusitado, nesta quarta-feira (23). Antônio do Socorro Fonseca Pinheiro, conhecido como Toti, disse ter se arrependido do ato e vai fazer uma nova gravação para se retratar. O caso repercutiu pelo Brasil.

O Portal SelesNafes.Com conversou com exclusividade com Toti por telefone, nesta manhã, após depoimento dele na delegacia, onde responde a boletim de ocorrência por injúria.

No vídeo do bate-boca, o Bolsonarista aborda Randolfe que está se despedindo de outras pessoas na Unidade Básica de Saúde do Congós, em Macapá, após ser vacinado, e diz: “Senador, senador, por que aquela CPI da palhaçada lá em Brasília?”. O parlamentar responde: “Porque a gente vai prender Jair Bolsonaro”.

O militante, usando uma máscara colorida que tinha a imagem do presidente, retruca: “Não vai prender nunca, sabe por que? Deus está com ele. Ao invés de vocês estarem perseguindo Bolsonaro vocês deveriam estar cuidando do país que está doente”. Randolfe diz: “Graças a Bolsonaro”.

O homem fica exaltado e defende que Bolsonaro não matou ninguém das mais de 500 mil vidas perdidas para a covid-19 no país. Depois, ele diz que Bolsonaro não é genocida, e sim Randolfe, pois ajudou a matar porque é político. O senador lembrou que Bolsonaro também é político (foi deputado federal 7 vezes, antes de ser presidente) Assista:

Redes e ficha 

Após o bate-boca a direita vibrou nas redes sociais exaltando o ato caracterizado como “corajoso e que os representava”. Nas mesmas plataformas, a esquerda definiu o gesto como “patético e sem argumentos”.

Randolfe postou um vídeo repudiando o ato e que não iria se intimidar com os ataques. Veículos de comunicação de todo o Brasil noticiaram e analisaram o acontecimento.

No Amapá, a identidade do homem foi revelada pelo jornalista Ney Pantaleão, do programa Fala Cidade, da TV Tucuju, afiliada da RedeTV. Logo, os telespectadores mandaram diversas mensagens ao vivo no programa falando do histórico do militante. Com as denúncias, o Fala Cidade revelou ainda o histórico processual de Toti.

Em 1998, Toti teria sido condenado por furto e chegou a cumprir pena. Pantaleão, disse ao Portal SelesNafes.Com que “o processo por furto está arquivado. Porém, é fato que ele foi acusado pelo Ministério Público”. Tramita ainda contra ele um processo por crime contra a honra, e chegou a ser alvo de busca e apreensão por não quitar financiamento de um veículo. Ney Pantaleão disse que vai abrir e divulgar todos os processos do caso nesta quarta-feira (23), em seu programa.

Senador registrou BO por injúria

Depoimento do militante na delegacia, nesta quarta-feira

Versão de Toti

No fim da manhã, após sair da 6ª Delegacia de Polícia, no bairro do Trem, Toti ligou para a reportagem do Portal SN para responder o que lhe havia sido questionado. Ele confirmou que teve um envolvimento com a polícia em 1998, mas que não foi condenado, pois tudo não “passou de um mal entendido”.

“Cara, eu não ligo para o que vão falar. Fiz o que me orientaram ser certo, agora eu vou seguir minha vida normalmente e defendendo o que penso, porém, com mais cautela”, e sorriu e disse: “valeu!”.

Hoje ele foi ouvido por um delegado. Afirmou que agiu por impulso e que está arrependido do que fez na UBS do Congós. Ele se comprometeu a fazer um vídeo se retratando para publicar nas redes sociais no decorrer do dia.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!