Juiz pede explicações sobre fuga de homicida em delegacia

Lucas Costa dos Santos, que matou pai e filha numa emboscada, fugiu um dia depois de ser preso pelo teto da delegacia
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Por SELES NAFES

O juiz Luiz Kopes Brandão, da Vara Única de Tartarugalzinho, cidade a 232 km de Macapá, pediu que a Polícia Civil dê explicações sobre a fuga do homem que havia sido preso pelo assassinato do pai e da filha, numa emboscada ocorrida em março no município. Lucas Costa dos Santos fugiu da delegacia um dia depois de ser preso.

A polícia abriu inquérito para apurar o crime de ‘facilitação culposa de fuga’, ou seja, quando não há intenção de beneficiar o preso. De acordo com depoimento dos agentes que estavam de plantão no dia 31 de março, a fuga só foi percebida por volta das 18h, quando os policiais foram até a cela dele para entregar a refeição. Os agentes disseram que Lucas rompeu uma das grades e fugiu pelo teto após quebrar três telhas. Os agentes informaram que fizeram diligências pela cidade, mas não encontraram o criminoso.

Um dia antes, Lucas havia atirado contra um casal que transportava a filha em uma motocicleta no Bairro Brasil Novo II, em Tartarugalzinho. Jhulya Emanuely, de 2 anos, morreu no local. O alvo do atirador era o pai da criança, Jeiel Correia da Silva, de 24 anos.

Depois que a família caiu na motocicleta, Jeiel ainda tentou escapar, mas foi alcançado pelo assassino e morreu com tiros na cabeça e no pescoço. A mãe da criança também foi ferida, mas sem gravidade. Jeiel respondia a processos por tráfico de drogas e roubos.

Lucas foi encontrado no dia seguinte por policiais militares dentro do freezer de um estabelecimento que havia acabado de ser invadido por ele numa tentativa de furto. O dono chamou a polícia.

Jeiel Correia da Silva respondia a 10 processos criminais por tráfico e roubo. Foto: Reprodução

Na audiência de custódia, o juiz Luiz Kopes Brandão chegou a converter a prisão flagrante e em preventiva por entender que Lucas era perigoso demais, e oferece risco à ordem pública. No entanto, com a fuga, ele nem chegou a ser transferido para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

No último dia 22, o juiz mandou oficiar a autoridade policial para que dê explicações sobre a fuga ou possível recaptura de Lucas, mas até o momento ele ainda não foi encontrado.

 

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