A Polícia Civil de Oiapoque investiga um caso de prostituição envolvendo uma menor de idade que estaria sendo explorada pela própria mãe. De acordo com a polícia, ela teria até vendido a virgindade da menina em troca de telefones celulares.
Segundo as investigações, a menina foi criada até os 13 anos por pais adotivos, que são os tios dela, até ser devolvida à mãe biológica. A devolução, no entanto, teria sido forçada.
A garota, que agora está com 14 anos, contou a conselheiros tutelares que teria sido pressionada pela mãe a ir morar com ela, sob a ameaça de que o pai adotivo seria denunciado, falsamente, por abuso sexual.
“A conselheira disse que o depoimento dela não foi muito contundente, mas com essa idade a vontade dela é válida”, comentou o delegado Charles Corrêa.
A menina foi morar em Saint-Georges com a mãe biológica e uma irmã, que seria garota de programa.
“Ela disse que trabalhava de forma escrava na casa e teve que ir pedir a um catraieiro um celular ou R$ 1,5 mil porque a mãe teria ameaçado ela de não ter lugar onde dormir. Ele confirmou que a mãe é conhecida por oferecer as filhas em troca de valores e bens como telefones.
Em fevereiro, a menina teria sido obrigada a perder a virgindade em troca de dois celulares com um homem de Oiapoque. A mãe teria prometido que um aparelho seria da filha.
A garota fugiu de casa, contou os pais adotivos o que estava acontecendo, e eles procuraram a polícia.
O delegado Charles Corrêa foi até a casa da mãe, em Saint-Georges. Ela negou as acusações, mas foi indiciada com base em relatos, depoimento da menor e laudo de conjunção carnal que comprovou a perda da virgindade da menina.