Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Depois de longa temporada nos palcos e pistas de dança do Sudeste, principalmente do Rio de Janeiro, Alan Dias, de 26 anos, e Victória Oliveira, de 25, retornam ao lugar de origem trazendo na bagagem troféus de concursos nacionais e muita experiência adquirida.
Alan e Vic se notabilizaram no cenário nacional dos concursos de samba de gafieira quando ganharam o primeiro lugar do ‘Gafieira Brasil’, maior evento de samba de gafieira da atualidade. Alan e Victória foram o primeiro casal de fora do Rio de Janeiro a ganhar o concurso. Além deste título, eles conquistaram outros três concursos nacionais.
Os dois se conheceram em Macapá quando ele tinha 18 e ela 17 anos, primeiro apenas como parceiros de dança e depois como parceiros de vida. Ele ainda chegou a estudar engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mas abandonou o curso para seguir a paixão pela dança e tentar viver disso. Mas, para alcançar esse objetivo, Macapá estava ficando pequena. Uma vez, um carioca famoso no meio do samba de gafieira veio ao Amapá realizar um workshop e lhes fez o convite informal. E eles acabaram indo.
“A gente foi pra passar seis meses [no Rio] e ficamos cinco anos. Agora é o momento de dar um retorno para nossa terra e passar esse momento difícil mais perto da família”, declarou Alan.
A dança é pra todo mundo
Depois da conquista dos concursos, foi a hora de ganhar a experiência com as aulas. Alan e Victória ministraram aulas em dezenas de cidades do país e, inclusive, fizeram workshops internacionais, notadamente em Buenos Aires e as cidades de Moscou e São Petersburgo, na Rússia.
Victória retornou ao Amapá cheia de planos. Para ela, o amapaense tem uma facilidade maior para dançar do que pessoas de vários outros estados, isto porque, aqui, há a tradição de dançar junto ritmos como o brega e também há um swing do povo do norte.
Ela explicou que qualquer pessoa, com um método de ensino correto, pode dançar qualquer ritmo que desejar. Para quem acha difícil, o casal garante que coloca para dançar qualquer ‘quadril duro’ que tiver por aí.
“Samba no pé, forró, bachata, brega, zouk, bolero, até tango a gente pode iniciar a pessoa. A galera aqui do Norte já tem uma facilidade para dançar a dois, porque já está no nosso sangue. Se a gente for comparar o brega com o samba de gafieira, a gente tem um ponto em comum que é o abraço, esse ponto já facilita muito para quem quer dançar samba de gafieira”, contou Victória.
Um dos projetos do casal, que deve se materializar nas próximas semanas, serão de aulas abertas em frente ao Mercado Central de Macapá, para popularizar ao máximo o método e as aulas do casal de professores de dança. Além disso, aos sábados, no Centro de Dança Alana Lins, na FAB, o casal está com turmas abertas para iniciantes e também para o nível intermediário. Quem desejar fazer uma consulta, o casal pode ser contatado no Instagram @alanevic_ e pelo whatsapp (96) 96988-9665.