Vereador quebra promessa de campanha e usa verba indenizatória: “se não usar, volta”

Episódio curioso ocorre com Karlyson Rebouça (na foto sem máscara), que durante a campanha prometeu nunca usar a verba indenizatória e nem diárias
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Por SELES NAFES

A frase “expectativa e realidade” virou uma grande brincadeira nas redes sociais, mas que na política pode ser muito bem aplicada. Um exemplo disso ocorre com Karlyson Rebouça, do PRTB de Macapá. Depois de virar vereador por acaso, ele decidiu ignorar uma de suas principais promessas de campanha: nunca usar o dinheiro da verba indenizatória. Em três meses de mandato, no entanto, ele já utilizou mais de R$ 51 mil.  

Os dados estão no Portal da Transparência da Câmara de Vereadores de Macapá, e mostram que a maior parte do dinheiro foi utilizada em alugueis, combustível e divulgação do mandato nas redes sociais. Foi uma escalada, mês a mês.

A gastança começou “tímida”, com R$ 13.498,73 (abril), pulou para R$ 18.732,43 (maio) e depois R$ 19.255,32 (junho). Total de R$ 51.486,48. Em julho, os vereadores estão em recesso. 

Karlyson virou vereador por uma fatalidade. O titular do mandato era Arilson Melo, que morreu de meningite aos 42 anos, no dia 3 de março. Karlyson, que teve apenas 634 votos (85º mais votado), foi empossado no dia 29 de março.

Material de campanha estampava várias promessas, entre elas de ser o vereador mais barato de Macapá

Resposta dada a um internauta

Logo no primeiro mês (abril), o vereador que afirmava que seria uma imoralidade usar a verba indenizatória, pediu ressarcimentos de R$ 3 mil pelo aluguel de um imóvel, R$ 2 mil para serviços de assessoria jurídica, R$ 6 mil para gastos com divulgação do mandato e de R$ 2,1 mil para combustível. A partir de maio, os gastos subiram com a inclusão do aluguel de R$ 6 mil de uma picape.

O Portal SelesNafes.Com também fez contato com o vereador, mas ainda não houve retorno. Provocado nas redes sociais, o vereador tentou justificar: “Não tenho muito tempo para mimi. Resolvi aplicar no mandato. Se não usar, o dinheiro volta”.

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