Por RODRIGO ÍNDIO
A Divisão de Capturas da Polícia Civil do Amapá transferiu para Macapá o homem acusado de ser o pistoleiro de uma facção criminosa apontada por homicídios no estado durante a guerra entre dois grupos. Jefferson Luan Magalhães, o Luanzinho, de 24 anos, estava em Afuá (PA). Em conversa com agentes, ele disse ter perdido a conta de quantas pessoas teria matado.
Luanzinho foi trazido para Macapá no helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA). Com passagens pelo Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) por roubo e tráfico de drogas, Luanzinho estava com mandado de prisão em aberto e foragido há 2 semanas após trocar tiros com militares Bope, no Conjunto Mucajá, zona sul da capital.
Na ocorrência estavam quatro bandidos. Um morreu, outro foi preso e dois deles, incluindo Luanzinho, conseguiram fugir.
Segundo investigações, naquela mesma noite de 26 de julho ele estava determinado a matar oito rivais de uma só vez também na zona sul, antes de se deparar com a PM.
“Não matei porque tinha criança lá, e os ‘comédia’ [bandidos rivais] se agarraram nelas. Aí a gente não executou a missão”, revelou o criminoso ao chegar em Macapá.
Drogas e execuções
Na ‘Veneza Marajoara’, Luanzinho, foi preso com porções de drogas pelos agentes paraenses. Como cumpria pena no regime domiciliar e desapareceu de Macapá, ele já vinha sendo investigado pela polícia amapaense.
“Devido nossa relação com policias de outros estados soubemos que estaria no município do Afuá e foi preso. De imediato nos deslocamos aquele município e fizemos o recambiamento dele para Comarca de Macapá onde foi ouvido e será devolvido ao Iapen”, disse o chefe da Divisão de Capturas, Edivaldo Pascoal.
Indagado por policiais no momento da captura sobre a quantidade de mortes em que estaria envolvido, a resposta de Luanzinho foi surpreendente.
“Ele disse que não tem conta, que mandavam e ele ia lá e executava. Não matou esse (do Muacajá) porque ele se agarrou com os filhos, e disse que não mata idosos e nem crianças”, concluiu Pascoal.