Por SELES NAFES
O ex-gerente geral da franquia Burger King no Amapá, José Guilherme Martins, teve a prisão preventiva mantida pela juíza Mayra Brandão, da 3ª Vara Criminal de Macapá. Ele está preso em Ribeirão Preto (SP), e poderá ser transferido para Macapá se a justiça paulista aceitar o pedido da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo.
Ontem (13), ao analisar o pedido de revogação da prisão preventiva decretada em abril, a juíza avaliou que a prisão é essencial para garantia da ordem pública e instrução do processo criminal, já que o ex-gerente não estava sendo localizado para responder ao processo por estelionato.
Durante a crise que fechou três lojas da franquia em Macapá, José Martins teria vendido equipamentos da empresa sem permissão do proprietário. Uma câmara frigorífica e uma unidade conservadora avaliados em R$ 90 mil teriam sido vendidos na cidade de Santana por R$ 27 mil.
Além disso, ele teria usado máquinas de débito e crédito não autorizadas pela franquia para receber pagamentos.
“Não é demais lembrar que os moradores de Macapá têm sido vítimas constantes de delitos contra o patrimônio, na modalidade estelionato, daí se exigindo uma atuação enérgica do judiciário com vistas a preservar a credibilidade da população no Poder Judiciário”, comentou a juíza, ao analisar o argumento da defesa de que o ex-gerente seria primário e possui atividade lícita.
“(…) O réu também responde a outra ação penal por crimes, também, contra o patrimônio”, completou.
O promotor de justiça Jander Vilhena, que já tinha pedido a prisão do ex-gerente, também se manifestou contrário à revogação.
No dia 27 de julho, o diretor da Secretaria de Administração Penitenciária de SP, Tiago Ulian, solicitou à justiça a transferência do ex-gerente já que ele está preso naquele estado exclusivamente pelo processo de estelionato no caso Burger King, em Macapá. A justiça paulista ainda não decidiu sobre o recambiamento.