Por SELES NAFES
O ex-senador e ‘dono’ do MDB no Amapá, Gilvam Borges, disse nesta sexta-feira (20) que estará na disputa majoritária de 2022. Ao mesmo tempo em que afirma que disputará o governo do Estado, diante do aparente fracasso nas conversas com o vice-governador e empresário Jaime Nunes (Pros), ele também manifestou interesse de disputar o Senado para uma possível revanche com Davi Alcolumbre (DEM).
Entrevistado pela bancada do Tribuna da Cidade, comandado pelo jornalista Carlos Lobato (101 FM), Gilvam disse que o cenário de alianças ainda está indefinido, e lembrou que Jaime está conversando com todos os segmentos, como normalmente ocorre na política. O ex-senador admitiu que os dois tiveram um encontro para discutir o tema, mas Jaime teria desconversado sobre um possível pacto, já que ainda precisaria pensar no assunto.
“As pré-candidaturas estão sendo anunciadas, e o MDB tem tempo. Vamos brigar pra ir pro 2º turno, e vamos nos juntar para o embate final. A grande briga será pelo governo e Senado, e nós sabemos disso”, avaliou.
Senado
Questionado sobre uma pesquisa de consumo interno que mostra Davi com 39% das intenções de voto na corrida pelo Senado contra 9% para ele, Gilvam disse ter ficado contente.
“Fico muito alegre com o resultado, porque nos dá uma posição para que, no decorrer do tempo, a gente faça esse embate. Ele é alto, mas a gente emenda essa vara para ver se ele cai”, disse, usando seu conhecido estilo.
A última vez que Gilvam ganhou uma eleição foi em 1994, ao Senado. Em 2002, perdeu a vaga no voto para João Capiberibe (PSB), mas entrou na justiça e conseguiu a cassação do adversário por compra de votos. Ele cumpriu o mandato de senador até 2010, quando não conseguiu a reeleição.
A partir de então, perdeu todas as eleições que disputou. A mais emblemática foi para o Senado, em 2014, indicado por José Sarney contra Davi Alcolumbre. Davi venceu numa virada após acordo com o PSB e com forças contrárias a Sarney. Gilvam ainda repetiu a estratégia de judicializar o resultado, mas acabou sendo derrotado.
Durante a entrevista de hoje, ele deixou claro que, apesar de ser dizer pré-candidato ao governo, sonha em derrotar Davi.
“Hoje o candidato absoluto, que está praticamente sozinho e definido, é o senador Davi. É a figura central, que roda o Brasil afora. É sem dúvida quem o povo está olhando. Quando as outras candidaturas se colocarem é que haverá a grande disputa”, analisou.