Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Neste sábado (7), oito profissionais da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) estiveram no navio Mandarim Dalian, que ancorou na costa amapaense na última quinta-feira (5). O objetivo era examinar a tripulação depois que duas integrantes foram atendidas com sintomas mais graves de covid-19.
Dos 21 tripulantes, 12 testaram positivo para o novo coronavírus e duas mulheres chinesas de 34 e 49 anos foram atendidas na Unidade Básica de Saúde Lélio Silva, na zona sul da capital. Logo após o atendimento, como não foi apresentado um quadro de gravidade maior, as duas voltaram para o navio.
Uma das enfermeiras que esteve a bordo do Mandarim contou ao Portal SelesNafes.Com que os 12 infectados estão isolados do restante da tripulação, e que os sintomas apresentados são de leves a moderados.
Variante
O Laboratório Central do Amapá informou que cumprirá uma das etapas da investigação sobre qual cepa contaminou os tripulantes.
“Nós vamos fazer o exame presuntivo, ou seja, por exclusão. Se não der nem alfa, beta ou gama, essa amostra vai ficar elegível para o sequenciamento [genético] da variante Delta ou outra variante, e a gente vai encaminhar para o Evandro Chagas”, explicou Lindomar do Anjos, diretora do Lacen.
Desde março, o navio que traz em seu casco o nome da Monróvia, capital da Libéria, já esteve nos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Moçambique, África do Sul, Paquistão e Gana. As equipes da SVS acreditam que o local de infecção dos tripulantes foi na cidade costeira de Tema, última parada antes da chegada ao Brasil, em julho.
A Anvisa impôs uma quarentena de 14 dias ao navio e as autoridades seguirão no monitoramento da saúde dos pacientes infectados, bem como na vigilância em saúde. Os tripulantes estão proibidos de desembarcar.