Por SELES NAFES
O homem preso quando tentava obter um registro profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Amapá, em julho deste ano, admitiu no inquérito que comprou o diploma falso de médico na internet pelo valor de R$ 60. Esta semana, ele foi denunciado à justiça por falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
O Ministério Público alegou que não poderia denunciá-lo por exercício ilegal da profissão, já ele teria atuado no programa Mais Médicos entre os anos de 2017 e 2019, ou seja, período anterior à prisão em flagrante do dia 6 de julho, quando foi conduzido direto da sede do CRM para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Consta na denúncia criminal, oferecida pela promotora de justiça Lindalva Jardina, que Gideão Vanderle da Rocha comprou num site o diploma falso de graduação em medicina pela Ecológica Universidad Nacional-Santa Cruz, instituição que atua na Bolívia.
Ele conseguiu uma liminar da justiça federal no Amapá obrigando o CRM a expedir o registro. No entanto, o conselho consultou a universidade, que confirmou que Gideão chegou a cursar medicina, mas sem concluir.
Morte no Pará
Gideão Vanderle da Rocha, que responde ao processo em liberdade, também teve prisão preventiva decretada pela comarca de Rondon do Pará, em agosto de 2014. Ele chegou a ser preso no município de Abel Figueiredo (PA) acusado de exercício ilegal da medicina.
A promotora ainda anexou na denúncia reportagens que relatam o suposto envolvimento do falso médico na morte de uma criança durante o parto, também no estado do Pará.
Se a justiça aceitar a ação penal, Gideão da Rocha se torna réu.