O inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar as circunstâncias do naufrágio com brasileiros que partiram numa catraia de Oiapoque, a 590 km de Macapá, ruma à Guiana Francesa, no último dia 28, já começou a responsabilizar os primeiros envolvidos.
Na manhã desta sexta-feira (10), agentes federais e policiais militares do Bope prenderam dois homens que teriam sido responsáveis por agenciar a viagem clandestina que terminou no naufrágio. Eles estavam com a prisão preventiva decretada. Outros três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, um deles na casa do dono da embarcação usada na travessia.
Ainda de acordo com a PF, os responsáveis pela migração clandestina receberam em torno de R$ 25 mil pela viagem. Os crimes investigados são de promoção de migração ilegal e atentado contra a segurança de transporte fluvial com naufrágio e possíveis mortes.
Segundo a PF, há uma organização criminosa que atua em Oiapoque na promoção de migração ilegal de brasileiros para o exterior.
A investigação, que contou com colaboração de autoridades francesas, do Centro de Cooperação Policial (CCP) Brasil/França, e dos oficiais de ligação da Polícia Federal em Saint George e Caiena, foram iniciadas após informações levadas à Polícia Federal por parentes de pessoas que estavam a bordo.
Até o momento três corpos e quatro pessoas com vida foram resgatadas das águas francesas onde ocorreu o naufrágio.