Por SELES NAFES
Parentes de 22 brasileiros que estavam atravessando para a Guiana Francesa tentam descobrir o que teria acontecido com eles. Quase uma semana depois da partida, da área portuária de Oiapoque, a 590 km de Macapá, familiares ainda não tiveram notícias e afirmam que a embarcação não retornou de viagem.
A partida ocorreu no último sábado (28), numa catraia que, segundo parentes, atua de forma clandestina na região e não tinha um nome. O destino do grupo era Caiena, capital da Guiana Francesa. A travessia do Oceano Atlântico, naquela região, costuma ser perigosa e durar pelo menos seis horas.
No grupo estavam homens e mulheres, entre elas uma grávida, recrutados para trabalhar clandestinamente na Guiana. João Paulo Silva, de 20 anos, por exemplo, foi convidado para trabalhar com extração e beneficiamento do grude de pescado.
“Até agora não temos notícias de ninguém. Disseram pra gente que uma das passageiras está em um hospital de Caiena. Uns dizem que foi naufrágio. Tem muito boato”, queixou-se a irmã de João Paulo, Janeide Silva Corrêa.
Na manhã desta quinta-feira (2), os familiares procuraram o presidente da Câmara de Vereadores de Oiapoque, Marcelo Martins (PSD).
“Por enquanto, apenas os parentes estão fazendo buscas. Acabou de sair daqui a terceira embarcação para ajudar”, explicou o vereador.
Parentes afirmam que já comunicaram a Marinha Brasileira sobre o sumiço dos brasileiros. Também há informações, ainda não confirmadas, de que teria ocorrido um naufrágio com brasileiros próximo à cidade de Kourou.