Por SELES NAFES
Seis policiais militares foram presos, neste sábado (18), acusados de participação na operação que terminou com a morte de três pessoas, entre elas padrasto e enteado que voltavam do trabalho, no município de Santana, no último dia 10. Os policiais tiveram a prisão preventiva decretada e se apresentaram no 4º Batalhão da Polícia Militar, onde permanecerão presos durante esta fase inicial das investigações.
O pedido de prisão foi feito pelo delegado Victor Crispim, da 1ª DP de Santana, que está investigando as mortes que ocorreram no Bairro Fonte Nova, durante perseguição a um carro de transporte por aplicativo. Helkison José da Silva do Rosário, de 38 anos, e seu enteado Rafael Almeida Ferreira, de 19 anos, além do motorista Igor Ramon Cardoso Lobo, de 28 anos, morreram baleados.
Familiares afirmam que eles foram executados, mas a versão apresentada pelos PMs foi que a equipe reagiu a dois indivíduos que estavam atirando. O delegado afirma que que padrasto e enteado eram inocentes, e investiga se também era o caso do odontólogo Igor Cardoso, motorista do carro e filho da ex-prefeita de Laranjal do Jari, Euricélia Cardoso.
Na manhã deste domingo (19), o delegado que cuida da defesa dos policiais, Cícero Bordalo Júnior, disse que somente agora está conseguindo ter acesso às peças do inquérito, mas que ainda não recebeu os áudios e nem os vídeos recolhidos pela Polícia Civil.
“Só poderei falar da nossa tese quando eu estiver acessado tudo, mas acredito que até segunda-feira (20) teremos essas informações”, explicou o advogado.
Bordalo marcou uma entrevista coletiva, às 15h, em um hotel no centro de Macapá, nesta segunda-feira.