Por RODRIGO ÍNDIO
Na manhã desta quinta-feira (14), uma ação conjunta que envolveu a Polícia Civil do Amapá, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), prendeu o líder da Organização Criminosa denominada de “Família Terror do Amapá”, na capital fluminense.
Alberto Magno da Silva Lobato, o Imperador, estava escondido na Vila do João, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Ele utilizava uma identidade falsa com o nome de Wanderson Miranda da Silva. Sua idade não foi divulgada.
De acordo com a Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), contra ele havia quatro mandados de prisão em aberto por homicídios.
Ainda segundo a polícia, além de ser o “01” da FTA, Imperador lidera o maior esquema de tráfico de drogas que ocorre no Amapá.
Era do Rio de Janeiro também que ele comandava os ataques criminosos, incluindo assassinatos contra membros de facções rivais no Amapá.
Quando os policiais adentraram na comunidade, foram recebidos a tiros de fuzil pelos traficantes. Não houve feridos. No local onde Imperador estava, policiais encontraram camisas personalizadas, uma delas com a alcunha dele no uniforme do Flamengo, time para o qual torce. Ele foi conduzido para a 21ª DP do Rio de Janeiro.
O delegado Estéfano Santos, da Draco do Amapá, informou que por enquanto não se pensa em trazer Imperador para o estado. A ideia é conseguir a transferência para presídio federal ainda no Rio. O delegado Anderson Ramos também atua no caso numa investigação que durou mais de 1 ano e resultou na prisão.
“Ele é o 01 da maior organização criminosa do estado do Amapá. Ele é responsável por decretar a morte de cidadãos, de rivais e de próprios integrantes que violam o estatuto da organização criminosa. Ele também decreta a guerra com outras facções. Outra importância, é que ele tem mais de 6 mil soldados a disposição dele, podemos considerar ele como maior assassino da história do Amapá, que diversas mortes oriundas dessa guerra, a ordem parte dele”, disse o delegado Anderson Ramos, ao entrar ao vivo na rádio Equinócio FM.
Foram envolvidos, aproximadamente, 70 agentes de segurança pública na ação.
Foto: de capa: Divulgação/Bope/RJ