Prestes a perder o órgão genital por doença, vendedor de verduras luta para ter remédios e comida

A residência, numa área de ponte no Bairro Araxá, zona sul de Macapá, é pequena e quase não tem cômodos, e tampouco móveis.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Durante anos, todos os dias, por volta de 6h da manhã, seu Valdir Gomes Pereira, de 40 anos, saia em seu carrinho para vender frutas e verduras em bairros de Macapá. Só voltava para casa no início da noite.

Ele recorda que passava o dia sem tomar banho para trazer o sustento da família, e segundo o médico, isso pode ter causado um grave problema de saúde.

Há cerca de 2 meses, contraiu síndrome de Founier. Trata-se de uma bactéria que atingiu seu pênis e o saco escrotal, e pode atingir abdômen e membros inferiores. O pai de família fez dois procedimentos no Hospital de Emergência de Macapá, onde passou um mês internado e depois teve alta médica.

Em casa, ele precisava continuar a medicação a base de antibiótico, mas, por falta de dinheiro, está sem fazer o tratamento e o caso segue avançando, com o ferimento em carne viva. (Como são fortes, não será possível colocar aqui as imagens do local afetado)

Casebre de madeira é pequeno e…

… não tem divisórias. Fotos: Rodrigo Índio/SN

“Dói demais, às vezes esqueço e a porrada é seca”, conta Valdir.

Como ainda sente fortes dores, o vendedor ambulante está impossibilitado de trabalhar e precisa manter repouso por mais um tempo. O problema é que ele é quem mantinha as despesas no casebre onde mora com a esposa e um filho de 4 anos. Atualmente, conta com ajuda para se alimentar.

“Eu fico preocupado com meu filho, não tenho condições de dar as coisas pra ele quando me pede, me dói. Me pede pão, não tenho pra dar, ele começa a chorar e eu choro junto. Meus sogros e vizinhos que vem nos ajudando”, diz chorando, o vendedor.

O carrinho de verdura parado

Curativo para esconder os ferimentos

Valdir: “Dói demais, às vezes esqueço e a porrada é seca”

Valdir é de Afuá e veio morar no Amapá há cerca de dois anos, na tentativa de melhorar de vida.

A residência, numa área de ponte no Bairro Araxá, é pequena, e quase não tem cômodos, e tampouco móveis. Na geladeira, apenas água, resto da janta que servirá para almoço, um abacaxi e um pedaço de melancia estragada. Na despensa não há sequer um quilo de arroz.

Quase sempre só há água na geladeira

Dispensa vazia

Banheiro é inacabado e não tem água encanada

Neste momento, a família precisa de qualquer tipo de ajuda. Seja dinheiro para medicação do seu Valdir, alimentos ou utensílios para casa.

Quem puder ajudar, pode entrar em contato pelos números (96) 99162-8307 ou (96) 99139-5487. Pix: 535.875.882-87
Nome: Domingo Rodrigues de Souza. Se preferir, o endereço fica na 11ª Avenida do Bairro Araxá com a Rua Humberto de Góes.

Entrada do barraco no Bairro Araxá

Valdir e sua família pedem socorro

“Quem quiser colaborar, comigo e principalmente com meu filho, pra ele ter o que comer, agradeço de coração. E peço a Deus que possa abençoar cada pessoa que fizer isso pela gente. Sinto muito por não estar podendo ajudar meu filho, minha esposa. Mas eu vou sair desse, com fé em Deus”, finalizou seu Valdir.

Seles Nafes
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