Por RODRIGO ÍNDIO
A Justiça do Amapá decidiu converter em domiciliar a prisão em flagrante de Maria Darcy Farias Moraes, de 42 anos, acusada de assassinar o marido, o policial penal José Eder Ferreira Gonçalves, de 44 anos.
O crime ocorreu na sexta-feira (12), na casa da família no Residencial Vitória Regia, na zona norte de Macapá.
A decisão é do juiz Marconi Pimenta. Ele considerou a tese da defesa da acusada, de que ela correria sério risco ao ficar detida no Iapen, pois a vítima era muito querida entre os colegas e há, ainda, o problema da suposta amante de Eder ser uma policial penal também. Ele levou em consideração áudios apresentados pela defesa.
“A única preocupação é o local da prisão, pois pelos áudios juntados pela defesa, bem como pela circunstância da vítima ser profissional querido dentro do instituto prisional (Iapen) e, ainda, a informação de que a suposta concubina também pertence aos quadros da polícia penal, entendo que sua segregação da penitenciária local representaria grave perigo a sua integridade física”, justificou na decisão o magistrado.
Maria Darcy usará tornozeleira eletrônica.
Em depoimento ao delegado Luiz Carlos, da Delegacia de Homicídios, o adolescente contou que José Eder já estava afastado de casa e voltou ontem a pedido de Maria Darcy. Ele, então, dormiu na residência.
Segundo a Polícia Civil do Amapá, naquela manhã o casal teve uma discussão supostamente por um caso extraconjugal com uma colega de trabalho do policial. Por fim, a esposa acabou desferindo uma facada no pescoço do marido.
O crime foi presenciado por um filho adolescente do casal, de 14 anos. A mulher permaneceu ao lado do corpo até a chegada da Polícia Militar e foi presa.