Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Algumas pessoas já perceberam, mas a maioria está apenas começando a se assustar com o desagradável fato de que as tradicionais ceias de fim ano, natal e réveillon, serão mais caras neste ano de 2022.
É o que se constata após pesquisa em várias lojas das principais redes de supermercados de Macapá. O item que parece ser o que mais encareceu foi justamente o mais tradicional: o Peru de Natal.
No entanto, o exemplo que ilustra a capa desta reportagem foi o mais caro encontrado, especial e com mais de 14 Kg. O preço do quilo é R$ 27,48, mesmo preço para o produto na rede de mercados concorrente.
Porém, os dados nacionais das primeiras pesquisas de mercados de órgãos ligados ao consumo, indicam que o também tradicional panetone está custando 25% a mais em 2021 do que custou em 2020.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) avaliou que, em média, a ceia de natal ficará 5,91% mais cara este ano, com tendência.
O bacalhau, sempre opção bastante e apreciada e requintada – com o perdão do trocadilho – está com bastante salgado. Encontramos um pequeno pedaço, de 890 quilogramas, custando R$ 129. O preço do quilo está R$ 145,00.
Outras opções, como os cortes suínos como pernil e lombo, estão mais em conta. Uma peça de pernil de 6,7 Kg, por exemplo, está custando R$ 143.
Damascos, castanhas portuguesas, nozes, passas, arroz e farinha de mandioca para farofa, também foram itens que, acompanhando a alta geral dos preços e a pressão inflacionária que atua no mercado nacional neste momento, também estão mais caras.
Tá caro, mas é a tradição
O professor Ivan Souza, de 66 anos, tem a certeza absoluta que a ceia será mais cara este, no entanto, defende a tradição.
“Você está vendo aqui um peru 391 reais? Se for uma família grande, tem que ser este de 14 kg. Tá muito caro. Como alternativa tem o pernil, o frangão também. Na minha casa a tradição no natal é o peru e ano novo um peixe”, declarou o professor.
Os comerciários dos mercados em que a reportagem esteve informaram que, por enquanto, as vendas para a ceia natalina ainda estão bastante tímidas e que devem se intensificar com os pagamentos do início do mês de dezembro. O que é coerente com o que o professor Ivan informa, que suas compras para o natal mesmo, só irá realizar no início do mês natalino.