Por SELES NAFES
O improvável
Mesmo na política, onde costuma-se dizer que ‘até boi voa’, existe o improvável. Por exemplo: PL tem pressionado o deputado federal Vinícius Gurgel a concorrer ao Senado numa disputa direta com Davi Alcolumbre (DEM). Ele não deverá aceitar. Nos últimos meses, Vinícius tem optado em ficar longe dos holofotes numa estratégia para sair do foco dos inimigos, especialmente após o desgaste causado pela prisão de ex-dirigentes do Dnit do Amapá, órgão no qual ele teve extrema influência durante dois governos ao indicar diretores.
O improvável II
Apesar da grande movimentação nas redes sociais, dificilmente Dr Furlan (Cidadania) deverá concorrer ao governo do Estado, em 2022, como analisam alguns observadores. Para dar esse passo, repetindo o que Dória (PSDB) fez em São Paulo, em 2018, ele teria que renunciar ao cargo de prefeito.
O improvável III
Renunciar ao cargo de prefeito para concorrer ao governo do Estado significaria deixar a capital nas mãos do grupo de Gilvam Borges, um dos ‘homens fortes’ da gestão, e padrinho político da vice-prefeita Mônica Penha (MDB).
Dúvida
Desde que o deputado estadual Diogo Sênior declinou do convite, o prefeito de Macapá, Dr Furlan (Cidadania), ainda não decidiu quem será seu candidato preferido a deputado federal.
O tempo certo
O vereador de Macapá e advogado, Dudu Tavares (PDT), vem sendo sondado para concorrer ao cargo de deputado federal, no ano que vem. Aliados têm avaliado que a aprovação e a imagem positiva do mandato o credenciam naturalmente a dar um passo maior. Cauteloso, Dudu Tavares ainda não aceitou a proposta, mas também não rejeitou: “Tudo na mão e no tempo de Deus”, tem repetido.
Jaime e a coordenação
Ao que tudo indica, o vice-governador e empresário Jaime Nunes (Pros) começou a por em prática o plano de se candidatar a governador. Apesar de ainda não ter assumido esse papel publicamente, ele iniciou a criação de uma equipe de coordenação.
Os nomes
Entre os nomes escolhidos por Jaime para a coordenação da campanha estão dois ex-deputados: Jorge Amanajás, que chegou a presidir a Assembleia Legislativa, e o ex-federal Antônio Feijão.
Alagamentos e política
O que alagamentos e política têm a ver? Tudo, pelo menos quando a intenção é provocar desgaste. Alguns grupos políticos, discretamente, tentam lucrar com análises sobre a gestão municipal atual e a anterior. A verdade é que enquanto não houver macrodrenagem na capital e desocupação de algumas áreas de ressaca, as cenas vão continuar se repetindo, principalmente pela incansável atitude de jogar lixo em canais.
Combinação?
Depois de uma escalada em ritmo forte, os preços da gasolina passaram a última semana sem reajustes. Foram vários aumentos sucessivos. No entanto, a maioria dos postos parece que decidiu esquecer a livre concorrência e fez uma espécie de tabelamento em R$ 6,11. Pelo menos, repito, a maioria. Seria interesse o MP dar uma checada.