Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
O desrespeito de companhias áreas com o povo amapaense continua. No último domingo (26), 173 passageiros chegaram no Aeroporto Internacional de Macapá para seguir suas viagens até Belém (PA) e conexões. Entretanto, o voo, simplesmente, não existiu.
Nos guichês, os funcionários da companhia Azul começaram a remarcar os voos e limitavam-se a informar que tinha ocorrido um problema logístico em Belém, e que por isso o voo das 18h35 não iria mais ocorrer.
Como era de se esperar, muitos passageiros na fila não aceitaram a situação com bom humor e tranquilidade. Houve clientes que, no calor da indignação, chegaram a bater com as mãos nos balcões e em dado momento até a polícia teve que ser chamada.
No entanto, pouca coisa foi resolvida e os passageiros terão que viajar apenas no dia 31 próximo (sexta-feira), uma diferença nada sensível de cinco dias para quem tem compromissos de trabalho ou o justo lazer das férias de fim de ano. Este é o caso de Sarah Duarte, de 20 anos.
A jovem conta que tem carro alugado, férias comprometidas, que o irmão faz medicina em Goiânia (GO) e já perdeu dias preciosos, e ela, que levou dois tiros no rosto e passou por cirurgias, também teve o retorno aos médicos comprometidos.
“Eles estavam remarcando pro voo lá para o dia 31 e o povo se revoltou, começou a gritar, as pessoas que iam trabalhar e não era voo para Belém, era para Florianópolis, Curitiba, então o povo começou a se revoltar, gritar muito, bater nos balcões”, contou Sarah.
A polícia chegou e acalmou os ânimos. Como todos os voos, inclusive de outras companhias estão lotados até o fia 31, vários passageiros receberam, em forma de compensação, vouchers no valor de R$ 500 para serem gastos em passagens aéreas na própria azul pelo prazo de 90 dias. Há relatos de pessoas que conseguiram também vouchers para táxis e hotéis.
Azul
O Portal SelesNafes.Com não conseguiu atendimento com os canais oficiais de atendimento à imprensa da Azul. Aguardamos o horário de abertura dos guichês no Aeroporto Alberto Alcolumbre, mas, tampouco, os funcionários tinham autorização para comentar o ocorrido.
Informalmente, um deles assegurou que não havia se tratado de um overbooking (quando há sobrevenda de passagens) e que o problema não deveria ocorrer novamente. Ele orientou contato com a central da empresa em São Paulo o que, novamente, não conseguimos.