Por SELES NAFES
O delegado Edmilson Ferreira, da Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCMS), no município de Santana, cidade a 17 km de Macapá, esclareceu a história envolvendo uma mulher que foi atropelada pelo ex-marido, um policial militar. Na verdade, a carta escrita por ela pedindo que ele não fosse investigado e processado foi escrita quando foi ele foi preso pela primeira vez, após uma agressão por enforcamento.
“Ela não ia denunciar esse fato. A mãe dela disse pra ela fazer isso. Eles já vinham vivendo um relacionamento abusivo com muitas brigas. Ela estava abalada psicologicamente, e a advogada do policial (ex-marido) falou pra ela que o boletim de ocorrência poderia prejudicar a relação entre pai e a filha deles. Por isso ela escreveu a carta”, explicou o delegado.
No entanto, a carta pedindo que a queixa fosse retirada não teve efeito porque a legislação determina que o inquérito de crime prossiga mesmo sem anuência da vítima.
O Portal SelesNafes.Com publicou, equivocadamente, na primeira reportagem, que a carta tinha sido escrita por ela após o atropelamento que ocorreu na Avenida Santana, quando a vítima estava trafegando de bicicleta.
Edmilson Pereira conta que, de acordo com relatos da vítima e de testemunhas, o policial militar encostou o carro abordando a ex-esposa, e mandou que ela entrasse no veículo. Ao rejeitar a ordem, ele a teria atropelado de propósito. A filha do casal estava no carro com o policial.
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Vítima exibiu ferimentos nas redes sociais
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Foto da bicicleta em que a vítima estava no dia do fato
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Delegado Edmilson solicitou a prisão preventiva do policial. Foto: Seles Nafes
No último da 24, a vítima postou em suas redes sociais fotos dos ferimentos causados pelo atropelamento e até a bicicleta destruída.
O policial militar, que tinha sido solto ao pagar fiança no episódio da primeira agressão, teve a prisão preventiva decretada a pedido do delegado. Ele continua preso.
Esta semana, o Ministério Público do Estado deu parecer desfavorável à libertação do ex-marido.