Nutricionista tem preventiva decretada

Letícia Kemmer e o detento Rafael Mendonça são acusados de participar de um esquema para o ingresso de uma grande quantidade de drogas no presídio
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Por SELES NAFES

A nutricionista acusada de participar de um esquema para o ingresso de uma grande quantidade de celulares, drogas e munições no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) teve a prisão flagrante transformada em preventiva. A decisão foi do juiz Diego Araújo, que estava ontem (5) no plantão judicial do Tribunal de Justiça.

Em depoimento na PF, o detento Rafael Mendonça Góes, que seria o destinatário do carregamento, se manteve em silêncio, enquanto Letícia Kenya Kemmer Staut Ferreira negou as acusações. Na audiência de custódia, a defesa da nutricionista argumentou que ela não sabia que estava sendo usada para o crime e que houve irregularidades na conduta dos policiais que teriam invadido seu domicílio.

Além disso, a defesa alegou que a servidora é ré primária e possui uma filha de três anos que necessita de seus cuidados. Para o juiz, não houve abuso porque o crime de tráfico é de natureza flagrancial permanente.

Ontem, após investigação e monitoramento por câmeras de segurança, uma operação conjunta da Polícia Federal, Polícia Penal e Ministério Público prendeu Letícia e identificou o detento Rafael Mendonça Góes como o destinatário da remessa que incluía 50 celulares, 59 chips, 11 kg de drogas, balança de precisão, uma arma e muita munição. O material estava escondido dentro de uma caixa na cozinha do Iapen.

Material estava numa caixa na cozinha do Iapen

Relatório descreve suposta participação intencional da nutricionista no crime

MP e Polícia penal participaram da investigação

Ao decidir pela prisão preventiva, o magistrado ressaltou a gravidade dos crimes cometidos avaliando que o fornecimento de uma grande quantidade de drogas, munições, arma e celulares aos presos poderia gerar uma rebelião e incentivar a prática de novos crimes de dentro da penitenciária.

“A ocorrência desses crimes representa um verdadeiro deboche para o sistema penitenciário e para o próprio Poder Judiciário quando se vê diante de um acusado plurirreincidente praticando novos delitos de dentro do Iapen quando deveria lá estar cumprindo pena e se ressocializar. Ademais, escancara um sistema de corrupção que acaba por desacreditar toda a Administração Pública nos seus diversos setores”, acrescentou.

Seles Nafes
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