Por SELES NAFES
A justiça acatou pedido da defesa e mandou retirar a tornozeleira eletrônica do policial civil que descarregou uma pistola dentro de um bar em Macapá, no ano de 2019, deixando vários feridos. Sanderlei Almeida Lobato alegou que a medida atrapalha sua função como policial e as atividades no curso de medicina.
O pedido foi oficializado pelo advogado Charlles Bordalo e deferido pela juíza Lívia Cardoso, da Vara do Tribunal do Júri. O crime ocorreu na madrugada de 2 de agosto no Bar Dom Corleone, no Bairro do Trem. De acordo com as investigações, após ser expulso do bar, o policial teria retornado armado e atirado no interior do estabelecimento. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas. Três ganharam na justiça uma ação cível por danos morais.
Em novembro de 2019, a justiça suspendeu a prisão preventiva de Sanderlei e impôs medidas cautelares, entre elas o monitoramento por tornozeleira. Até hoje, a justiça ainda não concluiu o processo criminal para julgamento.
“(…) Até o presente momento sua instrução não foi encerrada. Em que pese ainda haver a necessidade de proteção das testemunhas e das vítimas sobreviventes, constato que o acusado vem cumprindo regularmente com as condições impostas”, comentou a magistrada.
“Ademais, verifico que o requerente já vem sendo monitorado há 2 (dois) anos, 4 (quatro) meses e 4 (quatro) dias, o que ao meu ver, extrapola os limites da razoabilidade e proporcionalidade, bem como configura excesso de prazo na cautelar”, acrescentou.
A juíza também entendeu que a defesa comprovou que o policial está realmente trabalhando e estudando no curso de medicina da Unifap.