Por RODRIGO ÍNDIO
Após a repercussão do caso onde uma mãe afirma que 7 escolas particulares de Macapá recusaram matricular seu filho por ele ser autista, matéria postada ontem pelo Portal SN, algumas das instituições citadas se posicionaram sobre o assunto.
As escolas alegam que teria ocorrido um “erro de comunicação” ou um “mal-entendido”, e negam que tenham se recusado a matricular o pequeno Bruno Lucas, de 5 anos.
O Centro de Educação do Amapá (Cedap) garantiu que acolhe qualquer criança ou adolescente sem pontuar suas limitações e dificuldades. O colégio se colocou à disposição da mãe, Larisse Dias, para esclarecer o que pontuaram como “mal-entendido”.
Já o Centro Educacional Rainha da Paz informou que recebe crianças especiais e nunca teve problemas com pais de alunos. A coordenação pedagógica acredita que houve “equívoco”, pois, segundo eles, foi feito um convite para um dia de adaptação para saber o método que iriam seguir. A instituição ressaltou que jamais fecharia as portas para uma criança estudar e se colocou à disposição para receber o aluno.
A empreeendedora Larisse Dias falou que desde a publicação está recebendo muito apoio de pessoas sensibilizadas com sua história e de seu filho. A família ainda recebeu, na manhã desta quinta-feira (24), um advogado autista que luta pela causa e se prontificou a assumir o caso. Eles buscam matricular Bruno Lucas na mesma escola que a irmã autista dele, Lara Beatriz. A Escola Meta já teve conversa amigável com a família.
A Secretaria Municipal de Educação de Macapá (Semed) também procurou a família e se prontificou a disponibilizar uma relação de escolas que podem receber Bruno Lucas.
Ainda segundo Larisse, o Colégio Equipe, onde ela foi três vezes sem ser recebida pela responsável e esperava uma resposta há 2 semanas sobre a matrícula do filho, enviou uma mensagem na manhã de hoje informando o agendamento com a psicopedagoga para amanhã às 8h30.
A família segue acompanhando todos os posicionamentos para tomar uma decisão.
O Sesi também se pronunciou afirmando que não havia vaga disponível na escola, mas negou que tenha se tratado de preconceito. Leia abaixo a nota na íntegra.
“Em nenhum momento foi questionado sobre o perfil do aluno, já que são informações obtidas somente após a efetivação da matrícula. E, seguindo o que preconiza o §1º do artigo 58 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e com o objetivo de garantir o melhor aprendizado possível para cada aluno, considerando as suas particularidades, a Escola SESI Amapá dispõe de um núcleo especializado em Educação Inclusiva, que dá suporte a todas as crianças, adolescentes e jovens que possuem algum tipo de atenção especial, Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD), altas habilidades ou superdotação. E que, portanto, havendo vaga, a peculiaridade do público não é impeditivo para que a matrícula seja formalizada”.