Por SELES NAFES e RODRIGO ÍNDIO
A juíza Lívia Cardoso, da Vara do Tribunal do Júri de Macapá, decretou, na tarde desta segunda-feira (21), a prisão preventiva do capitão da reserva da PM do Amapá, Joaquim Pereira da Silva, de 59 anos. No pedido de prisão assinado por dois promotores de justiça, o MP afirma que a liberdade do oficial coloca em risco a ordem pública.
O processo está em segredo de justiça, mas a decisão foi confirmada pelo advogado Marcelino Freitas, que acompanha a família do tenente Kleber dos Santos, de 42 anos, morto com um tiro na cabeça.
A Polícia Civil suspeita que o motivo do crime tenha uma discussão no trânsito. O homicídio aconteceu na manhã do dia 24 de fevereiro, no cruzamento da Rua Odilardo Silva com a Avenida Cora de Carvalho, no Centro de Macapá. O capitão, que chegou a disparar quatros tiros no carro do tenente, que estava levando o filho para a escola, só se apresentou 24h depois do crime e passou a ter o direito de responder ao processo em liberdade.
Na petição, o MP afirma que o capitão não tem controle emocional, e que poderá repetir o ato de violência em um possível episódio semelhante. Além disso, citou entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que a prisão é justificada pela maneira como o crime foi praticado.
O advogado de defesa, Charlles Bordelo, no entanto, diz que o oficial é réu primário, colaborou com a investigação e não oferece perigo à instrução do processo. Além disso, seu carro será vendido.
Até às 16h30min, a ordem de prisão tinha sido apenas cadastrada no sistema, mas ainda não havia sido cumprida.