‘Juiz’ do tribunal do crime do Amapá é preso no Rio de Janeiro

Foragidos foram presos em ação conjunta entre as polícias dos dois estados.
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Por LEONARDO MELO

A Polícia Civil do Amapá comemorou nesta segunda-feira (14) a prisão de dois criminosos foragidos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) há quase 5 anos. Eles são considerados líderes da maior facção do crime organizado do Estado e foram localizados numa favela carioca em uma operação conjunta das polícias amapaense e fluminense.

Os nomes não foram revelados pelas autoridades porque as investigações continuam e eles podem estar envolvidos em uma série de execuções ocorridas no Amapá entre 2017 e 2022.

A dupla estava no Complexo da Pedreira, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), de onde comandavam as atividades criminosas no Amapá.

Um dos criminosos, de 30 anos, é acusado de ser o mandante de execuções de membros de uma facção rival que atua no Amapá e da própria organização criminosa, que por algum motivo desrespeitaram alguma ordem da liderança, o chamado tribunal do crime. Contra ele haviam quatro mandados de prisão em aberto.

Foragido era procurado desde 2017

Criminosos moravam em apartamentos

A ele, a polícia atribui um crime de tentativa de homicídio contra um homem de 20 anos residente no município de Mazagão. O crime ocorreu em julho de 2020. O homem levou quatro tiros, mas escapou da morte. Foi a partir desse crime que o nome da liderança veio à tona nas investigações.

“Ele submeteu o integrante à cúpula da organização criminosa e essa cúpula decidiu pela morte dele. Essa cúpula é denominada de ‘final’ da Família Terror do Amapá”, lembrou o delegado Anderson Ramos, titular da delegacia do município de Mazagão.

Polícia fluminense deu apoio à operação

Delegado Anderson Ramos, do Amapá

O outro criminoso comandava a operação dos bandidos ligados à organização que agem fora do sistema prisional.

Os foragidos estavam sobre a proteção de uma organização criminosa carioca, que atua naquele estado.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos endereços dos investigados, sendo apreendidos celulares, documentos e anotações que irão subsidiar os inquéritos policiais em andamento.

Seles Nafes
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