Por ANDRÉ SILVA
Famílias que moram numa área entre os Bairros Açaí e Infraero 2, na zona norte de Macapá, vivem dias difíceis causados uma lixeira viciada e a buraqueira do local.
Fredeilson Lima Dias de 30 anos é microempreendedor do ramo de ferro velho. Ele disse que testemunha constantemente freadas bruscas de carros, caminhões e motos bem em frente ao seu estabelecimento comercial, na Avenida Bacabas, no Açaí.
No momento em que ele conversava com a reportagem, quase aconteceu um acidente entre um carro e uma moto por causa dos buracos na via.
“De vez em quando, um carro passa cantando pneu. Tu não viu, agora, quando um carro quase bate na moto? Os motoristas vêm com uma certa velocidade e não veem o buraco. Ele freia bem em cima e o que está vindo atrás não está ligado e acaba batendo. Isso aí é muito perigoso. Já houve muitos acidentes aqui”, relatou o microempreendedor.
Vanildo Leal Almeida, de 53 anos, trabalha com perfuração de poços. Ele já tento, junto com outros moradores, cobrir os buracos com cimento, mas em pouco tempo a cratera surge novamente. Com a chuva, relata Vanildo, a situação fica pior. Segundo ele, há poucos dias, um ciclista morreu depois que um carro bateu nele por trás.
“A cada dia está ficando pior. A gente já chamou a imprensa pra reclamar, mas não tem jeito. Já teve acidente aqui, um senhor morreu, mas até agora não arrumaram”, reclamou.
Lixeira viciada
A lixeira viciada fica localizada na bifurcação da Avenida Cid Borges Santana com Avenida Bacabas. O lugar fica entre os bairros vizinhos. No lugar se vê de tudo um pouco: pneus, restos de geladeira, pedaços de móveis, mato e muito mais.
“Eu já bati foto e preparei um documento pra enviar pra prefeitura. A imprensa já veio aqui duas vezes pra fazer uma reportagem, mas não adiantou nada”, relatou Sheila Sousa. Ela mora no Infraero há poucos meses.
João Carlos, de 61 anos, desempregado, disse que mora no Infraero 2 há mais de 25 anos. Ele relatou que a lixeira já existe há três anos.
“Vem até um carro limpar, aí, de vez em quando. Mas o pessoal vem e joga lixo de novo. Se tivesse um lugar aonde as pessoas pudessem jogar, com certeza não estaria assim”, sugeriu João.
Fredielson Lima, entrevistado no início da reportagem, explicou como funciona a dinâmica que tornou o lugar uma lixeira viciada.
“Nos dias que o lixeiro passa, ele recolhe os lixos das casas e amontoa, aí, no canto. O pessoal vendo isso faz o mesmo. Aí quando o carro passa, leva o lixo, mas deixa os entulhos e objetos que eles não são obrigados a levar. Aí, fica igual o círculo vicioso. A própria população suja o lugar”, denunciou.
Sobre os buracos, até o fechamento desta matéria, a Secretaria Municipal de Obras (Semob) não havia respondido à solicitação do Portal SN.com.
Quanto ao lixo, em nota, a Secretaria de Zeladoria Urbana disse que retira lixeiras viciadas diariamente, seguindo uma programação de acordo com as denúncias via documento e disk denúncia.
“Sempre que temos a informação de lixeiras viciadas, imediatamente colocamos ela na programação de retirada. A Zeladoria já realizou ações de limpeza nesse logradouro e sempre que solicitado nós inserimos no cronograma para uma nova intervenção”, diz a nota.